Simbolizando a garantia da segurança alimentar, o ato de abertura da colheita do arroz e grãos em terras baixas, realizado nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, contou com a presença de diversas autoridades, produtores e entidades representativas do setor. A lavoura Breno Prates, na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Além da colheita tradicional do arroz, também foi colhida pela primeira vez uma lavoura de soja, simbolizando as multiculturas.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul. (Federarroz), Alexandre Velho, lembrou que em torno de 200 municípios gaúchos dependem da cultura do arroz. “Nós temos um protagonismo na produção nacional, e esse protagonismo traz junto uma responsabilidade de continuarmos buscando tecnologias, cultivares e manejos” completou. Velho fez uma reivindicação direta ao governador do Estado, Eduardo Leite, no sentido de aumentar a verba para pesquisas do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). “Hoje, 65% da semente utilizada na cultura vem do banco genético do Instituto. Precisamos voltar aqui no próximo ano com isso resolvido”, completou. O dirigente também agradeceu a parceria com a Embrapa, Senar, Farsul, Irga e a toda a equipe da Federarroz pelo trabalho realizado para este evento, ressaltando ser esta a maior abertura de colheita do Brasil.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller, ressaltou, por sua vez, o avanço do setor orizícola gaúcho nos últimos dez anos, notadamente em tecnologia. Geller falou sobre a necessidade de o setor seguir cada vez mais se consolidando no mercado internacional. “É obrigação do governo federal estar ao lado dos produtores abrindo espaços e dando sustentação no sentido de seguirem aumentando suas produções e renda”, ressaltou. O secretário de Política Agrícola citou como exemplo de incentivos o crédito ao produtor com taxa de juros abaixo de 10% e lembrou que o Rio Grande do Sul foi o primeiro Estado visitado por ele neste ano para discutir toda a cadeia produtiva.
Encerrando o ato, o governador Eduardo Leite ressaltou que cabe a um governo dar condições que proporcionem oportunidades para quem empreende, sobretudo no campo e que o governo precisa ser um incentivador e facilitador neste sentido. Quanto à reivindicação do presidente da Federarroz para aumento da verba para o Irga, Leite explicou que houve uma perda de arrecadação devido ao projeto federal de redução do ICMS dos Estados. No entanto, informou que já trabalha junto às secretarias de Planejamento e da Fazenda no sentido de liberar essa verba para o Instituto e, que isso, possa ser feito brevemente. “Nunca estaremos em lados opostos, estaremos juntos com quem empreende no Estado. Nosso governo vem recuperando a capacidade de atender demandas não só de produção, mas também de infraestrutura”, completou.
A 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federarroz e correalização da Embrapa e do Senar, com patrocínio Premium do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).