O chefe confeiteiro e produtor rural Daniel Briand cultiva baunilha na sua propriedade em Cocalzinho de Goiás (GO) e a produção vai direto para as várias receitas do seu café, em Brasília (DF).
Briand começou a plantar baunilha por acaso, mas está investindo na produção para reduzir os custos com a importação do produto, que ele traz direto da Europa. Para isso, está recebendo apoio da Assistência Técnica e Gerencial do Senar.
“Com o tempo a gente conseguiu fazer uma baunilha com qualidade bem melhor e natural”, conta.
O técnico de campo do Senar Goiás que atende o produtor, Saulo Araújo, explica que a produção começou com as plantas matrizes e, a partir delas, foram feitas mudas em um sistema individualizado, que tornou mais fácil o cultivo.
“A gente faz as podas e a indução de florescimento individuais. Isso tornou muito mais fácil o manejo, o que acaba acarretando na quantidade de fruto produzido. O número de favas grandes saiu de 20% para 80%, por exemplo. Ou seja, a produtividade também aumentou, não só a produção.”
O ajudante do produtor na fazenda, Junimarques Ribeiro, diz que já fez cursos do Senar e que depois do atendimento da ATeG, a produção de baunilha aumentou consideravelmente. “Com o Senar a gente conseguiu aumentar a produção e ter uma fava finalizada.”
Os pratos produzidos com a baunilha do Cerrado, como creme brulée e o sorvete artesanal, são famosos no Café Daniel Briand.
O chefe francês ressalta que aprendeu técnicas que facilitaram o cultivo da baunilha, mas que a atividade é também um hobby. “Não é só rentável, mas o prazer de produzir também, não tem igual.”