A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.
De acordo com o levantamento, os trabalhos de colheita da segunda safra de milho saíram dos 29,6% registrados até a semana anterior para 40,4% do total semeado. Este índice é 36 pontos percentuais superior ao contabilizado no mesmo período de 2023.
Olhando para as lavouras ainda em campo, os técnicos da Famasul classificaram 39,8% das áreas como boas, 25,8% como regulares e 34,4% como ruins. Esses índices representam redução em relação aos registrados na semana anterior que eram de 40,5% de boas, 25,7% médias e 33,8% ruins.
Os destaques negativos são a região Sul-Fronteira, que tem 53,9% das lavouras consideradas ruins, Sudoeste com 51,9% e Sudeste com 46,1%. Por outro lado, Nordeste tem 86% das áreas classificadas como boas, Norte 74% e Oeste 58%.
“Na segunda safra de milho de 2023/2024, observamos perdas significativas no potencial produtivo devido ao estresse hídrico. Essa condição adversa afetou uma área total de 762 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram entre março e abril, com 10 a 30 dias de estresse hídrico, e mais recentemente, entre abril e julho, totalizando 90 dias sem chuva. A região norte do estado já está há mais de 95 dias sem chuva”, apontam os técnicos da Famasul.
As estimativas da Famasul apontam para um plantio total de 2,218 milhões de hectares, 5,82% menos do que no ano anterior e uma produtividade prevista de 86,3 sacas por hectare, o que ser uma redução de 14,25% ante à última média registrada. Sendo assim, o estado deverá colher 11,4 milhões de toneladas, índice 19,23% inferior à 2023.
“O destaque dos últimos dias tem sido as baixas temperaturas, devido à atuação de uma massa de ar frio. A temperatura mais baixa observada foi de 7°C em Ponta Porã, registrada no dia 15 de julho de 2024”, relata a Famasul.