A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.
De acordo com o levantamento, os trabalhos de colheita da segunda safra de milho saíram dos 7,3% registrados até a semana anterior para 15,3% do total semeado. Este índice é 13,3 pontos percentuais superior ao contabilizado no mesmo período de 2023.
Olhando para as lavouras ainda em campo, os técnicos da Famasul classificaram 42% das áreas como boas, 22,4% como regulares e 35,6% como ruins. Esses índices representam redução em relação aos registrados na semana anterior que eram de 43,9% de boas, 20,7% médias e 35,4% ruins.
Os destaques negativos são a região Sul-Fronteira, que tem 50% das lavouras consideradas ruins, Sudoeste com 48,6% e Sul com 47,9%. Por outro lado, Nordeste tem 86% das áreas classificadas como boas, Norte 76% e Oeste 59%.
“Na segunda safra de milho de 2023/2024, já observamos perdas significativas no potencial produtivo devido ao estresse hídrico. Essa situação adversa afetou uma área total de 790 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram entre março e abril (10 a 30 dias de estresse hídrico) e mais recentemente, entre abril e julho (mais de 80 dias sem chuva)”, apontam os técnicos da Famasul.
As estimativas da Famasul apontam para um plantio total de 2,218 milhões de hectares, 5,82% menos do que no ano anterior e uma produtividade prevista de 86,3 sacas por hectare, o que ser uma redução de 14,25% ante à última média registrada. Sendo assim, o estado deverá colher 11,4 milhões de toneladas, índice 19,23% inferior à 2023.
“O destaque é a ocorrência de baixos valores de temperaturas mínimas, com valores abaixo de 5°C. Sendo o menor valor de 1°C observado no município de Iguatemi”, relata a Famasul.