A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.
De acordo com o levantamento, os trabalhos de colheita da segunda safra de milho saiu dos 4,2% registrados até a semana anterior para 8,2% do total semeado. Este índice é 7,38 pontos percentuais superior ao contabilizado no mesmo período de 2023.
Olhando para as lavouras ainda em campo, os técnicos da Famasul classificaram 43,9% das áreas como boas, 20,7% como regulares e 35,4% como ruins. Esses índices ficam em linha com os registrados na semana anterior.
Os destaques negativos são a região Sul-Fronteira, que tem 50% das lavouras consideradas ruins, Sul com 47,9% e Sudoeste com 46,9%. Por outro lado, Nordeste tem 86% das áreas classificadas como boas, Norte 76% e Oeste 59%.
“Na segunda safra de milho de 2023/2024, já observamos perdas significativas no potencial produtivo devido ao estresse hídrico. Essa situação adversa afetou uma área total de 785 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram entre março e abril (10 a 30 dias de estresse hídrico) e mais recentemente, entre abril e junho (mais de 70 dias sem chuva)”, apontam os técnicos da Famasul.
As estimativas da Famasul apontam para um plantio total de 2,218 milhões de hectares, 5,82% menos do que no ano anterior e uma produtividade prevista de 86,3 sacas por hectare, o que ser uma redução de 14,25% ante à última média registrada. Sendo assim, o estado deverá colher 11,4 milhões de toneladas, índice 19,23% inferior à 2023.
“O destaque é a ocorrência do tempo quente e seco no estado, sendo registrado temperaturas máximas de 35,6°C nos municípios de Pedro Gomes e Porto Murtinho e 18% de umidade relativa do ar no município de Três Lagoas no dia 23 de junho de 2024”, relata a Famasul.