SÃO PAULO (Reuters) – A comercialização de soja de Mato Grosso avançou no último mês, com produtores aproveitando alta nos preços, o que levou o total vendido da nova temporada para 16,5% da colheita projetada para 2024/25, segundo números do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A safra 24/25, cujo plantio acontece a partir de meados de setembro, está estimada pelo Imea em 43,7 milhões de toneladas, alta de 11,85% ante o total colhido no ciclo anterior, quando a seca afetou as produtividades.
“No que tange à safra 2024/25, com o aumento de 4,54% ante o divulgado em mai/24 no preço da soja futura, que chegou a 108,11 reais/saca, o produtor do grão aproveitou para comercializar maiores volumes”, disse o Imea em boletim na noite de segunda-feira.
A estimativa de comercialização para a nova temporada avançou 6,21 pontos percentuais em relação ao mês anterior e está mais de 3 pontos a mais que o observado para esta época no ano anterior.
Apesar do avanço, o ritmo de vendas está abaixo da média histórica de cinco anos para o período, de 26,34%.
Já a comercialização da soja da safra 2023/24, colhida nos primeiros meses do ano, chegou a 77,90% da produção total, avanço de mais de 10 pontos ante o mês anterior e 5,81 pontos acima do observado no mesmo período de 2023.
“Esse maior avanço foi pautado pela alta nos preços da oleaginosa, o que incentivou o sojicultor a comercializar o grão, além da necessidade de liberar espaço nos armazéns para a entrada do milho que está sendo colhido”, disse o Imea.
De acordo com o Imea, a comercialização do milho do ciclo 23/24 chegou a 37,39% do total da produção estimada, avanço de 4,64 pontos percentuais ante o mês anterior.
Esse avanço foi pautado pela alta de 3,13% no preço, que ficou na média de 37,92 reais/saca. “Além disso, as melhores perspectivas na produção do ciclo também contribuíram para as vendas”, disse o Imea.
Na semana passada, o instituto elevou a projeção de safra de milho 2023/24 para 45,8 milhões de toneladas, ante 45 milhões na previsão de maio, considerando produtividades maiores do que o esperado.
(Por Roberto Samora)