SÃO PAULO (Reuters) – A safra de soja de Mato Grosso 2023/24 foi estimada nesta segunda-feira em 38,44 milhões de toneladas, estável ante previsão de fevereiro, mas uma queda de 15,7% na comparação com o ciclo anterior, por conta dos problemas climáticos registrados na temporada, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
“Restando pouco menos de 15% das áreas previstas para finalizar a colheita, o rendimento aguardado para os talhões finais ainda está em aberto, cenário que poderá influenciar positivamente ou negativamente no indicado final de produtividade em Mato Grosso”, disse o instituto ligado aos produtores.
Segundo o Imea, historicamente, as últimas áreas a serem colhidas no Estado apresentam redução na produtividade, devido ao menor investimento dos produtores, à baixa fertilidade dos talhões e áreas mais arenosas.
“No entanto, nesta temporada os maiores rendimentos são aguardados para essas áreas, visto que não foram impactadas com a extrema seca registrada no Estado…”, afirmou.
No caso do milho, que está sendo plantado, o Imea também manteve a previsão de safra de Mato Grosso em 43,28 milhões de toneladas, o que significaria uma queda de 17,58% ante 22/23.
“É importante ressaltar que as condições climáticas serão fatores decisivos para o desenvolvimento da safra e da produtividade final da temporada, e que esse número poderá ser revisado no decorrer do desenvolvimento da cultura até o final da colheita.”
Já a safra de algodão foi estimada em 2,42 milhões de toneladas (pluma), queda de 0,33% ante previsão de fevereiro e alta de 4% versus o ciclo anterior.
(Por Roberto Samora)