A produção de tomate em Goiás deve crescer 36,6% na safra 2024 e chegar a 1,4 milhão de toneladas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11/07), no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão é de que Goiás se mantenha em primeiro lugar na produção nacional de tomate, à frente de estados como São Paulo (1 milhão de toneladas) e Minas Gerais (519,4 mil toneladas), que aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
A área plantada do fruto também deve registrar crescimento, segundo a expectativa do IBGE. Deve passar de 13,2 mil hectares, na safra 2023, para 14,8 mil hectares plantados na atual safra – aumento de 12,3%.
“Acabamos de finalizar, no dia 30 de junho, o prazo permitido para transplantio de mudas de tomate rasteiro, que são destinados à indústria, em todos os municípios do Estado, e também do tomate tutorado, que é o tomate de mesa, em alguns municípios onde a normativa determina. Finalizado esse período a safra deve se desenvolver com a produção dos frutos, com um crescimento muito significativo de quase 400 mil toneladas em comparação com a safra anterior, conforme a expectativa divulgada pelo IBGE”, celebra o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). “Isso mostra que Goiás tem cumprido com a legislação e mantido sua produção segura, longe de pragas, o que favorece esse crescimento”, destaca.
A Agrodefesa é responsável pelo Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas em Tomate, que estabelece medidas fitossanitárias obrigatórias que visam a prevenção e controle da mosca branca e do geminivírus no Estado de Goiás (Instrução Normativa nº 06/2011 da Agrodefesa). Entre as medidas estão o calendário de plantio, o cadastro de propriedades junto à Agrodefesa, a eliminação dos restos culturais de tomate até 10 dias após a colheita de cada talhão, a destruição de plantas voluntárias de tomate imediatamente após o surgimento e a produção de mudas em ambiente controlado.
“Esse calendário de plantio, por exemplo, é uma das medidas estabelecidas segundo o Manejo Integrado de Pragas na cultura do tomateiro, para que, de novembro a janeiro, não tenhamos plantas de tomate no campo, uma vez que é período de grande incidência da mosca-branca e propício à contaminação por geminiviroses nas principais áreas de cultivo do estado”, explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.
A Agência também determina o cadastramento eletrônico de propriedades e áreas produtoras de tomate, no Sistema de Defesa Agropecuário (Sidago), disponível no site www.goias.gov.br/agrodefesa. O cadastro deve ser feito a cada novo plantio, em até no máximo 15 dias após o transplantio. “A Agrodefesa tem acompanhado e monitorado toda a produção comercial do tomate no Estado, justamente para termos sucesso na produção e mantermos Goiás em destaque no ranking nacional. Por isso, é importante que todas as lavouras de tomate estejam cadastradas junto à Agência para que possamos identificar as lavouras, orientar os produtores e assegurar o monitoramento de pragas de importância econômica”, finaliza Daniela.