A quinta-feira (8) foi um dia de valorização para os preços do açúcar no mercado internacional. O mercado voltou a operar com valorização depois de novas informações da Índia.
O tipo branco teve alta de 2,35% e encerrou o dia por US$ 526,60 a tonelada. Já em Nova York, o tipo bruto teve alta de 2,37%, negociado por 18,57 cents/lbp.
Segundo Filipe Cardoso, da StoneX Brasil, com a decisão da Índia, Tailândia e Brasil devem ser os grandes protagonistas na exportação por mais um ano. O objetivo do governo indiano é focar no aumento da produção de etanol e no mercado interno.
“O governo quer garantir que haja açúcar suficiente para o mercado local a preços razoáveis e usar mais cana para produzir etanol, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as negociações são confidenciais. Permitir exportações está fora de questão por enquanto, disseram”, destacou a Bloomberg.
É importante lembrar que a Índia introduziu um sistema de quotas para as exportações de açúcar na temporada que termina em Setembro de 2023 devido à fraca produção, limitando os embarques a cerca de 6 milhões de toneladas, em comparação com 11 milhões de toneladas irrestritas um ano antes.
Ainda assim, o mercado continua monitorando a safra e exportação do Brasil, que seguem com ritmo dentro do esperado.
As chuvas de monções na Índia continuam no radar e pressionam as cotações. Os dados mais recentes mostram que os volumes ficam dentro da média esperada e a expectativa de um bom desenvolvimento dos canaviais limitam ganhos mais significativos para os preços. O andamento dos trabalhos no Brasil também pode voltar a pressionar as cotações.
No mercado interno, o preço do açúcar teve leves altas no último dia de negoicação, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista ficou negociado a 131,35% – com queda de 0,07%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 172,50 – sem variações, de acordo com dados da Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de negociação de apuração o preço FOB US$ 18,73 – com baixa de 1,15%.