Apesar de queda nos preços, agro renova recordes de exportação em 2024

Vendas externas subiram no quadrimestre e também no mês de abril em comparação com mesmos períodos do ano passado.

Apesar da significativa queda de preços de algumas das principais commodities, as exportações do agronegócio brasileiro renovaram recordes de receitas tanto em abril como no primeiro quadrimestre de 2024 na comparação com os mesmos períodos do ano passado.

As vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,24 bilhões em abril de 2024, um valor 3,9% superior na comparação com os US$ 14,67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023.

Já no primeiro quadrimestre, as exportações brasileiras do agro alcançaram o valor recorde de US$ 52,39 bilhões, o que representou crescimento de 3,7% em relação aos US$ 50,52 bilhões exportados no mesmo período de 2023.

Em ambos casos, o aumento significativo no volume total explica o crescimento das receitas, já que os preços tiveram queda, em média, de 11,3% no mês analisado e de 9,6% na comparação quadrimestral.

O aumento do volume embarcado foi de 17,1% em abril e 14,8% nos quatro primeiros meses de 2024, seguindo a mesma comparação com os períodos respectivos do ano anterior.

Produtos brasileiros
Segundo os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana, carne bovina in natura, café, algodão e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.

Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do agronegócio brasileiro, a soja em grãos respondeu pela maior parte das exportações do setor.

O volume exportado atingiu 14,70 milhões de toneladas, com elevação de 362,4 mil toneladas na comparação com a quantidade embarcada em abril de 2023. A quantidade é a terceira maior já registrada para um mês em toda a série histórica.

A China é o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido praticamente dez milhões de toneladas ou o correspondente a US$ 4,29 bilhões.

Já as vendas externas de carnes brasileiras atingiram US$ 2,21 bilhões em abril de 2024, com crescimento de 27,5% frente às exportações de abril de 2023.

Os registros de vendas externas de carne bovina foram de US$ 1,04 bilhão (+69,2%), com forte expansão do volume exportado, que passou de 133,40 mil toneladas para 236,77 mil toneladas no período em análise (+77,5%). Este volume é recorde para os meses de abril.

Um dos maiores motivos para a expansão da quantidade exportada está no aumento da demanda chinesa por carne bovina in natura brasileira.

Outro destaque é o complexo sucroalcooleiro, que continua registrando recordes de exportação. Em nenhum mês de abril da série histórica as exportações do setor tinham ultrapassado a cifra de um bilhão.

Nesse mês de abril de 2024, as vendas externas do complexo sucroalcooleiro foram de US$ 1,07 bilhão, número que significou um crescimento de 77,6% na comparação com os US$ 600,07 milhões exportados em abril de 2023.

O crescimento foi obtido em função das exportações de açúcar, que quase dobraram em volume (+94,7%), na comparação entre abril de 2023 e 2024.

Já no período de janeiro a abril, os principais produtos que explicam o crescimento das exportações no acumulado do ano de 2024 foram:

Açúcar de cana em bruto (+US$ 2,41 bilhões);
Algodão não cardado e não penteado (+US$ 1,36 bilhão); café verde (+US$ 958,32 milhões);
Carne bovina in natura (+US$ 814,62 milhões);
Açúcar refinado (+US$ 589,73 milhões).

A soma do incremento das vendas externas desses cinco produtos mencionados foi de US$ 6,13 bilhões, enquanto o crescimento das exportações totais foi de US$ 1,87 bilhão.

Acumulado em 12 meses
Entre maio de 2023 e abril de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 168,36 bilhões, o que representou expansão de 4,7% em comparação aos US$ 160,86 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.

Dessa forma, os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações brasileiras no período, 1,3 ponto percentual a mais do que a participação do agronegócio nas vendas externas entre janeiro e novembro de 2022.

Fonte: Agrofy News

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