Por Rozanna Latiff e Rajendra Jadhav
KUALA LUMPUR/MUMBAI (Reuters) – Os estoques de óleo de palma da Malásia atingiram um recorde de quatro meses em junho, impulsionados por um declínio mais acentuado nas exportações em comparação com a produção, informou o órgão regulador do setor nesta quarta-feira.
O aumento dos estoques na Malásia, o segundo maior produtor mundial de óleo de palma depois da Indonésia, pressionaria os futuros de referência, que caíram mais de 4% em dois dias.
Os estoques de óleo de palma da Malásia no final de junho aumentaram 4,35% em relação a maio, para 1,83 milhão de toneladas, o maior nível desde fevereiro, informou o Conselho de Óleo de Palma da Malásia (MPOB, na sigla em inglês).
A produção de óleo de palma bruto diminuiu 5,23% em relação a maio, para 1,62 milhão de toneladas, enquanto as exportações de óleo de palma caíram 12,82%, para 1,21 milhão de toneladas.
Uma pesquisa da Reuters previu estoques de 1,83 milhão de toneladas, com produção de 1,62 milhão de toneladas e exportações de 1,24 milhão de toneladas.
“Os estoques aumentaram conforme o esperado, mas o acúmulo é preocupante. Os estoques de óleo de palma estão aumentando mesmo antes do início da temporada de pico de produção em agosto”, disse um negociante de Nova Délhi de uma trading global.
“O desconto do óleo de palma em relação ao óleo de soja e ao óleo de girassol é pequeno e precisa ser ampliado para estimular a demanda. Caso contrário, os compradores tradicionais podem mudar para óleos concorrentes.”
(Reportagem de Rozanna Latiff e Rajendra Jadhav)