(Reuters) -A exportação de farelo de soja do Brasil em julho foi estimada nesta terça-feira em 2,40 milhões de toneladas, o que seria um recorde histórico para todos os meses, caso o volume seja confirmado até o final do mês, apontou Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
A entidade ainda revisou para cima nesta terça-feira a sua projeção anterior, que era 2,23 milhões de toneladas há uma semana. O Brasil vem figurando entre os maiores exportadores globais de farelo de soja, ao lado da Argentina.
O recorde mensal histórico na exportação de farelo de soja brasileiro até o momento é de maio de 2023, com 2,27 milhões de toneladas, segundo a Anec.
A Anec não especificou imediatamente os motivos do recorde. Em Boletim Logístico, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem destacando a “alta” demanda pelo farelo de soja do Brasil pelo mercado asiático.
Nesta terça-feira, a Conab afirmou que a “demanda internacional pelo farelo de soja brasileiro continua alta”, com o acumulado do ano até junho somando 11,4 milhões de toneladas, contra 10,7 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
“Esse movimento ocorre a despeito do aumento na aquisição de soja em grãos, pelas principais esmagadoras chinesas”, acrescentou a Conab. A China produz farelo internamente, sendo a maior importador de soja em grão do mundo.
Caso os 2,4 milhões sejam confirmados ao final de julho, a exportação brasileira de farelo de soja cresceria cerca de 11% ante o ano passado. O volume exportado também aumentaria mais de 400 mil toneladas ante junho.
A Anec estimou a exportação de soja do Brasil em julho em 10,43 milhões de toneladas em julho, um pouco abaixo das 10,71 milhões de toneladas previstas na semana passada.
Já para o milho, a associação elevou ligeiramente a previsão para os embarques neste mês, estimando agora 4,56 milhões de toneladas em julho, contra 4,51 milhões de toneladas esperadas na semana anterior. O total também ficaria aquém do embarcado no mesmo período do ano passado (5,9 milhões de toneladas), quando o Brasil colheu volumes recordes.
(Por Roberto Samora, com reportagem adicional de Letícia FucuchimaEdição de Isabel Versiani)