A Secretária de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados das exportações do agronegócio em agosto, totalizando 14 bilhões, uma queda de 9,1% em relação ao mês de julho, e um valor 10,6% inferior a agosto do último ano.
O valor total exportado entre janeiro e agosto foi de US$ 111,6 bilhões, leve redução de 0,8% frente ao mesmo período do ano passado, no entanto ainda é o segundo melhor resultado acumulado para as exportações no período, somente abaixo quando comparado a 2023.
Em agosto o agronegócio foi responsável por 49,2% de todas as exportações brasileiras.
Em agosto, o complexo soja representou 19,4% do total das exportações do Brasil. O volume exportado de grãos no mês totalizou oito milhões de toneladas, 28,5% menor que o volume embarcado em julho deste ano e redução de 4,1% sobre agosto de 2023. Além do volume, os preços também caíram no mesmo período.
A tonelada do grão desvalorizou 12,8% em relação à agosto do ano passado. Para o farelo de soja, a quantidade exportada no mês de agosto alcançou 2,1 milhões de toneladas leve alta de 6,4% em relação ao mês anterior, porém 12% menor que o mesmo período do ano passado.
A cotação da tonelada do farelo apresentou queda de 1,5% frente ao mês de julho e -17% ante o mesmo mês do ano passado. O óleo de soja acompanhou o grão e o farelo tanto na redução do volume como na queda dos preços. O volume exportado de óleo foi de 114 mil toneladas em agosto, queda de 43% frente ao mês anterior e o mesmo valor em relação à agosto do ano passado.
No setor de proteínas animais, a carne bovina se sobressaiu nas exportações do mês de agosto, com um volume 17% superior a ago/23, com destaque para o aumento dos envios aos Estados Unidos, que passaram de 3,3 para 15 mil toneladas, alta de 354,5% o que fez do país o 2° principal destino de carne bovina em agosto, importando 7% do total, somente atrás da China que corresponde a 49% do total de 217,4 mil toneladas, comercializadas a US$ 4.434/t.
Na parcial de janeiro a agosto, o volume total de envios cresce 29,7%, alcançando 1.593 mil toneladas, valor recorde para o período. Com relação à carne suína, o destaque foi para a redução das exportações para a China em 49%, enquanto os envios para as Filipinas aumentaram em 86%, o que fez com que o país se tornasse o principal destino em agosto, no entanto, as exportações caíram 11,2% contra julho.
Já com relação a agosto de 2023, os envios cresceram 6% , com a proteína sendo comercializada a US$ 2.459/t, alta de 3,4%. A carne de frango teve o pior resultado entre as carnes, com um volume exportado 30% inferior a julho e 24,6% inferior a agosto de 2023, sendo comercializada a US$ 1.881/t, valor1% menor que agosto do ano passado.