Os grãos secos de destilaria (DDG, na sigla em inglês), farelo de milho utilizados como ração animal, emergem como a grande aposta da indústria brasileira de etanol de milho para conquistar o mercado externo.
Com a produção do biocombustível em ascensão, o setor quer levar o subproduto a outros países. Para isso, foi criada uma marca com a intenção de divulgar o DDG, além de contar com o apoio estratégico da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), por meio de um convênio com validade até 2025.
Os objetivos foram apresentados pela gerente de relações internacionais da União Nacional de Etanol de Milho (Unem), Andrea Verissimo, durante a Conferência Internacional Unem Datagro sobre Etanol de Milho, realizada ontem, 21, em Cuiabá (MT).
As exportações de DDG têm crescido rapidamente, praticamente dobrando em receita, de US$ 91 milhões em 2022, com 279 mil toneladas, para US$ 181 milhões em 2023, com 609 mil toneladas. Apenas no primeiro bimestre de 2024, o faturamento com os embarques do DDG já atingiu US$ 32 milhões, de acordo com a Unem.
O Vietnã representou 43% das exportações de DDG pelo Brasil em 2023, sendo identificado como um dos principais mercados potenciais para a exportação pela Apex-Brasil e pela Unem, juntamente com outros países asiáticos, como China, Indonésia e Tailândia, além de Espanha, Reino Unido, Turquia e Nova Zelândia.
“Estamos direcionando nossos esforços para países com grandes rebanhos, trabalhando em conjunto com a Apex para identificar mercados prioritários”, explicou a gerente de relações internacionais da Unem.
Durante o evento em Cuiabá, a associação também lançou a marca do produto, visando seu reposicionamento. Ela é caracterizada pelas cores verde e dourado, com um nome para o projeto – Brazilian Distillers Grains (Grãos de Destilaria Brasileira) – e o slogan Future of Animal Nutrition (Futuro da Nutrição Animal).
Segundo a entidade, encontrar destinos para o DDG é crucial, uma vez que a produção de etanol de milho aumenta a disponibilidade desse subproduto, que também pode ser utilizado como ração animal.
Para promover o DDG, a estratégia envolve reforçar os pilares da segurança energética e alimentar, como destacado pela gerente de relações internacionais da Unem. “Trata-se de uma economia circular, com a produção simultânea de um combustível renovável, o etanol de milho”, afirmou Veríssimo.
Fonte: Agência Estado
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