A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), representada pela diretora-executiva, Andressa Silva, e pela gerente de exportação, Beatriz Sartori, esteve presente no Fórum Empresarial México-Brasil, realizado nesta semana na capital mexicana, junto à comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A missão teve por objetivo estreitar as relações entre os países às vésperas da posse da presidente do México, Claudia Sheinbaum.
Na ocasião, a associação que representa a indústria orizícola no Brasil, por meio de uma empresa associada, fez a defesa da manutenção do Paquete Contra la Inflación y la Carestia (PACIC), pacote que prevê isenção de imposto de importação para itens da cesta básica, incluindo o arroz brasileiro, fazendo com que o grão chegue até 16% mais barato ao México.
“Essa medida favorece a competitividade. Temos qualidade superior aos Estados Unidos, similar ao Uruguai, mas não temos preço. Então, esse programa é fundamental para manter as exportações brasileiras para esse importante destino”, explica a diretora da Abiarroz, Andressa Silva. “Junto a outros setores, buscamos sensibilizar as autoridades mexicanas para que possam dar continuidade ao programa.”
O México é um dos maiores consumidores de arroz das américas. Apesar de produzir o cereal, o país depende de importação para garantir a segurança alimentar da população. O grão brasileiro longo-fino tem qualidade reconhecida e aprovada pelos consumidores e importadores mexicanos. Em 2023, o Brasil exportou 450 mil toneladas de arroz para o México, praticamente um quarto do total exportado no período, cujo montante foi de aproximadamente 1,7 milhão de toneladas.
“No próximo ano, teremos uma safra cheia, uma previsão superior a 11 milhões de toneladas, e isso implica na necessidade de escoamento de excedentes para manter a sustentabilidade da cadeia produtiva. Também por isso, a renovação do PACIC é importante”, conclui Andressa.
O fórum
Realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Serviços (MDIC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o evento reuniu mais de 400 empresários dos maiores e mais promissores setores econômicos de Brasil e México.
Foram debatidos temas como nova indústria, integração das cadeias produtivas e segurança alimentar, além de um balanço dos 22 anos de acordos econômicos entre as duas maiores economias da América Latina.