A Raízen, maior produtora de açúcar e etanol de cana do mundo, realizou a primeira exportação de etanol celulósico de segunda geração (E2G) produzido na unidade recém-inaugurada de Guariba (SP), disse o vice-presidente de trading da companhia, Paulo Côrte-Real Neves.
A carga, em um volume não especificado, teve como destino dois clientes da Europa, comentou o executivo com jornalistas, após participar de um seminário promovido pela Argus. Ele não revelou quem são os compradores.
Segundo ele, a companhia já exportou anteriormente etanol E2G da unidade Costa Pinto, de Piracicaba (SP), mas a nova unidade e outras duas que serão inauguradas no segundo semestre no estado de São Paulo aumentarão as vendas da companhia.
“Agora, a gente amplia a relevância com os clientes, amplia a penetração do etanol celulósico”, ressaltou.
O E2G recebe prêmio sobre o valor do mercado do etanol tradicional, já que reduz mais a pegada de carbono.
Com as suas unidades já em operação, a Raízen tem uma capacidade anual de produção de 112 milhões de litros de etanol E2G.
“A lógica de precificação é de um produto feito a partir de um resíduo, que inquestionavelmente não compete com alimentos e também tem uma pegada de carbono inferior ao etanol tradicional; é uma redução de 30% ante o etanol tradicional”, disse ele.
O executivo completa: “Temos quase 20 clientes na Europa para o E2G. São empresas de energia que vão usar nas suas indústrias para substituir combustíveis fósseis; são para carros leves para substituição da gasolina”.
Ele ainda lembrou que pode haver demanda de outros segmentos industriais. As plantas já nascem com cerca de 80% das vendas fechadas por cinco a dez anos, disse o executivo.
Por: Roberto Samora Fonte: Nova Cana
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