De acordo com relatório divulgado pelo Departamento Norte Americano de Agricultura (USDA, na sigla em inglês), a retomada do crescimento do comércio global de carne de frango deve ser liderada pelo Brasil.
Praticamente estagnado há cerca de dois anos, as exportações globais de proteína avícola devem aumentar 2% em 2025, de acordo com previsões do USDA, chegando a um volume recorde de 13,8 milhões de toneladas. Mesmo com a ponderação do Departamento de que há outros players importantes no que diz respeito à carne de frango, o Brasil, que também cresce em produção, deve seguir à frente dos Estados Unidos e da União Europeia.
Um dos pontos trazidos na análise norte-americana é de que, quando se fala em milho e farelo de soja, elementos cruciais na fabricação da ração para as aves, o Brasil é grande produtor, e isso torna a carne de frango brasileira mais competitiva que as de outras origens. Mesmo que os Estados Unidos também sejam grandes produtores de grãos, o custo com a nutrição das aves ainda é maior que no Brasil. “Além disso, os custos trabalhistas no Brasil são significativamente mais baixos em comparação aos Estados Unidos”.
FOCO NO BRASIL
O USDA projeta que as exportações de carne de frango brasileiras em 2025 devam aumentar 2%, o que representa um acréscimo de 100 mil toneladas aos volumes que já são embarcados pelo país. Já os Estados Unidos devem ter elevação de 1% nas exportações no ano que vem, um volume de 40 mil toneladas somado ao que já é exportado.
“Os maiores aumentos nas importações são esperados para o México, Arábia Saudita, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido – todos mercados atendidos pelo Brasil e que podem fortemente competir com outros fornecedores potenciais em preço e oferta de produtos”, aponta a análise.
O Departamento informa que estes mercados de importação com maior crescimento em 2025, exceto o México, não são mercados significativos para os Estados Unidos, o que restringe a expansão norte-americana. Além disso, o USDA projeta que o Brasil continue a ganhar mais espaço entre os clientes dos Estados Unidos devido à competitividade dos preços e maior oferta de produtos.