O consumo cai porque produzimos pouco, e o preço sobe. Portanto, a saída é produzir mais Feijão-carioca, afinal, é o mais consumido. Discordo. Se produzirmos mais Feijão-carioca, como os produtores, ao que tudo indica, irão plantar agora, o consumidor terá Feijão-carioca barato às custas do prejuízo do produtor. Por isso, a saída é vender para os estoques do governo federal. Discordo de novo. A saída é plantar Feijão que tenha mercado não só no Brasil, mas também liquidez no mercado mundial. Quando tivermos excedentes, ou ainda neste ano, poderemos exportar. Estamos impressionados que o México importou mais de 300 mil toneladas de Feijões, um aumento estupendo de 272% em relação ao ano anterior, por conta de problemas climáticos que o Dr. Luiz Carlos Molion indicou que aconteceriam desde 2019 e acertou na mosca.
E ainda, como se não bastasse, junte mais uma peça neste quebra-cabeça: a China. Sim, a China exportava muito Feijão para Estados Unidos, Cuba, Venezuela e aqui para a América, e parou, se posicionando como importador a partir de 2019. A Argentina exportou este ano para a Venezuela 35 mil t, México 32 mil t, Cuba 9,7 mil t e Guatemala 17,5 mil t. Nós diminuímos a exportação no ano passado para 139 mil toneladas, bem abaixo das 223 mil de 2021, 37% a menos, e um pouco mais do que as 135 mil t do ano anterior. Importamos 65 mil toneladas.