O acordo fitossanitário com a China, finalmente anunciado ontem, abre novas possibilidades para o Feijão brasileiro. A documentação necessária para iniciar as negociações fitossanitárias de todos os tipos de Feijão produzido no Brasil já está em posse do governo chinês. Com o crescimento contínuo das importações pela China, o Feijão deve ser incluído na pauta de exportações após o Gergelim.
Mas como se chega a um acordo desse tipo? Ainda que o país de destino tenha interesse e necessidade, os trâmites burocráticos podem levar até dois anos. Nesse processo, há um vaivém de propostas envolvendo questões relacionadas à sanidade do produto, como tolerâncias para a presença de ervas daninhas e resíduos de defensivos não aceitos.
Até terça-feira desta semana, o mercado manteve um baixo volume de negócios. Corretores e cerealistas observam que a demanda segue reduzida. Segundo alguns, o Feijão-carioca danificado pelas chuvas em São Paulo pode estar substituindo os grãos de melhor qualidade.
Em certos casos, isso ocorre, mas apenas em segmentos menos favorecidos da população. Além disso, o Feijão-carioca com nota 8,5 ou superior não tem apresentado preços exorbitantes nas gôndolas até o momento.