No Paraná, quem necessita de Feijão-preto enfrenta dificuldades crescentes para atender à demanda por qualidade. Para ajudar os produtores, os cerealistas têm buscado negociar o Feijão de qualidade inferior com cestas básicas ou marcas com menor exigência de qualidade, uma vez que ele apresenta um alto percentual de grãos brotados, despeliculados e impregnados.
Feijão-carioca
O mercado segue mantendo a cotação para o Feijão-carioca acima de R$ 220, especialmente no Nordeste de Minas Gerais e na região do entorno de Brasília. Já os Feijões comerciais, mais miúdos ou sujeitos a escurecimento rápido, foram negociados a partir de R$ 190 durante esta semana.
Agora que passamos pela primeira quinzena de agosto, é possível avaliar que, entre o Noroeste de Minas e Goiás, a colheita atingiu mais de 50% do Feijão-carioca a ser colhido. Grande parte desse Feijão já foi negociada, e uma parcela menor do que a do ano passado está armazenada. Mesmo com a colheita ainda começando na Bahia e em desenvolvimento no Mato Grosso, os operadores cogitam que o risco de os preços caírem abaixo do valor atual é zero.
A valorização do Feijão-carioca poderá ser escalonada; quando descolar dos atuais R$ 220, chegará rapidamente ao patamar de R$ 250, onde haverá muitos vendedores, tanto produtores quanto especuladores. Se esse é o seu caso, produtor, fique atento. Mantenha-se próximo aos seus corretores, deixe amostras com eles e converse com os compradores sobre sua disposição de vender neste nível.
Embora haja menos Feijão-carioca disponível em comparação ao mesmo período do ano passado, é muito cedo para dizer quando os preços responderão mais fortemente à menor oferta. Observe que a disponibilidade diminuirá significativamente a partir de outubro. Veja o gráfico do fluxo de estoque e demanda até dezembro, que deverá seguir o padrão dos últimos anos de valorização a partir de novembro.