O mercado na semana passada apresentou um pouco mais de atividade na quinta e na sexta-feira, com maior procura por Feijões que estão escassos, especialmente aqueles com coloração acima de 8,5, no caso do Feijão-carioca. No Paraná, a colheita da segunda safra segue gradativamente aumentando, desde que o tempo permita. Porém, há indicações de perda de produtividade que, se somada ao restante do Brasil, poderá surpreender. O volume poderá ser menor em 100 mil toneladas se comparado à segunda safra do ano passado. Em 2023, a CONAB estima colheita de 577 mil toneladas, e este ano já está em 479 mil e caindo. Isto pode não significar grandes diferenças agora, quando caminhamos para aumento de colheita, mas no final o cobertor poderá ficar curto. Realizei cálculos e gostaria de compartilhar com vocês os resultados da análise dos volumes que serão colhidos, segundo CONAB e DERAL, de Feijão-preto no Paraná. Considerando tanto a primeira safra quanto a segunda safra do Paraná e somando a produção de todos os estados, levando em conta a importação e a exportação, seguimos com a possibilidade nada remota de atingirmos um recorde absoluto de produção de segunda safra, chegando a 446 mil toneladas, só de Feijão-preto. A pergunta que surge é: como ficará o abastecimento total do Brasil este ano?