O Brasil está produzindo este ano menos Feijão-carioca irrigado do que no ano passado e, apesar do discurso de que iriam fazer estoque regulador, a CONAB decidiu desestimular o plantio diminuindo o preço mínimo. Ainda bem que o brasileiro não depende do governo para ter Feijão na mesa.
Para um governo que há pouco tempo disse que importaria Feijão se precisasse, a atitude de diminuir o preço mínimo mostra que as ações caminham longe do discurso. Não bastasse a falta de seguro agrícola somada ao juro alto do plano safra, ainda reduziram o preço mínimo do Feijão para a próxima safra. Para o Feijão-carioca, diminuiu 1,10%, passando a valer R$ 181,23, e para o Feijão-preto, 4,16%, passando a ser R$ 152,91. A redução é pequena, mas mostra a falta de sensibilidade dos gestores.
Se não fossem os grandes produtores irrigantes produzindo Feijões por sua conta e risco, os preços estariam subindo e muito. No final, fica o alívio na verdade de que o governo se afastando da produção deixa que os mecanismos de oferta e demanda estimulem e desestimulem o plantio e acabem por regular os preços. Mais do que nunca, o que os produtores e exportadores estão fazendo ao buscar ter mercado mundial para os excedentes é o melhor caminho. Imagine aumentar a área de Feijão-preto e depender do governo para regular o mercado com preço mínimo de R$ 152,91.