O mercado começa a despertar maior interesse por parte dos empacotadores, que retomarão suas atividades na próxima semana. Os Feijões-carioca, nota 8, começam a ser vendidos pelo mesmo valor que, há poucos dias, era pago pelo nota 9 de cor. Ontem, observamos negociações em Minas Gerais chegando a R$ 330. À noite, as referências no Paraná indicavam o Feijão-carioca Sabia entre R$ 320 e R$ 325.
A primeira reação de quem analisa dados de safras, mesmo com experiência, é tentar influenciar para que a menor quantidade de vendedores liquide seus estoques e aproveite os bons momentos futuros. Me incluo neste grupo; o contágio da perspectiva futura é inevitável. Nos primeiros dias do ano, destaquei o cenário de escassez em relação aos anos anteriores, devido a quebras e ao momento econômico do país. No entanto, acredito que é hora de ponderar sobre o fato de que será extremamente difícil acertar no olho da mosca. Esperar e vender no que virá a ser o pico de preço do período é o que todos desejam, mas nem todos conseguirão. Infelizmente, a história do mercado de Feijão conta com centenas de produtores que podem relatar o arrependimento de terem perdido o melhor momento para vender.
Portanto, esteja atento. Ainda estamos em um movimento ascendente dos preços, mas é interessante notar que o valor de US$ 70 por saca de 60 quilos só ocorreu em janeiro do ano passado. Tradicionalmente, o mês de janeiro manteve preços bem abaixo desse valor. Assim, já é um preço excelente.