Cada dia há menos oferta no Paraná com um bom volume de Feijão-preto estocado. Historicamente, os produtores que não vendem no pico da safra, em um momento de muita oferta, acabam vendendo em doses homeopáticas durante o ano e não deverão forçar os preços para baixo nos próximos meses. A expectativa sobre o comportamento dos argentinos após as geadas ainda é de que buscarão liquidez no valor que o Brasil estiver pagando durante o mês de junho. E durante junho, os produtores argentinos irão colher e processar os Feijões que foram atingidos por diferentes intensidades de geadas.
Será necessário retirar do produto final os grãos que não estavam maduros quando houve a geada. Não há dúvidas de que os empacotadores buscarão parte do seu abastecimento com o produto argentino. No Brasil, sempre será difícil encontrar lotes de 20 ou 30 carretas em um único contrato, enquanto na Argentina sempre acontecem negócios com volumes maiores. O comportamento do mercado na América Central será determinante. Havendo demanda desses países, o Brasil será a segunda ou terceira opção. No geral, o mercado apresenta um volume menor de negócios do que o normal para o período do mês, confirmando, ao que parece, que os consumidores anteciparam suas compras durante o mês de maio e poderão pressionar menos o mercado de Feijão-carioca e Preto este mês.