A terça-feira (23) chega ao final com os preços futuros do milho voltando a registrar um pregão positivo na Bolsa Brasileira (B3) após três fechamentos de baixa consecutivos. As principais cotações subiram até 2,49% e flutuaram na faixa entre R$ 63,90 e R$ 66,29.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 66,29 com valorização de 2,49%, o maio/24 valeu R$ 65,78 com elevação de 2,03%, o julho/24 foi negociado por R$ 65,30 com alta de 1,65% e o setembro/24 teve valor de R$ 63,90 com ganho de 1,40%.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a B3 tem conseguido se sustentar em patamares acima dos R$ 60,00 para o milho, o que na visão dele é bom sinal.
“Eu acredito que no segundo semestre, em cima de uma safra menor que nós vamos ter e se encaminha para ser pelo menos 10 milhões de toneladas menor, vai haver uma pressão de demanda tripla. O setor de etanol está crescendo muito no Brasil, o setor de ração está crescendo muito também e o mercado internacional vai querer o milho brasileiro pela dificuldade de puxar milho americano”, opina Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um segundo dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização somente em Palma Sola/SC e Castro/PR, enquanto as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram as atividades desta terça-feira se mantendo com movimentações levemente positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,46 com alta de 0,75 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,56 com elevação de 0,50 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,66 com valorização de 1,25 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,70 com ganho de 1,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (22), de 0,22% para o março/24, de 0,43% par ao julho e de 0,21% para o setembro/24, além de estabilidade para o maio/24.
“Estou acompanhando as atualizações meteorológicas no sul do Brasil e no norte da Argentina, onde as previsões tornaram-se quentes e secas. Se as previsões estiverem corretas, isso poderá desencadear uma alta”, disse Al Kluis, diretor administrativo da Kluis Commodity Advisors, em informação repercutida pelo site internacional Successful Farming.
Jacqueline Holland, analista do Farm Futures, avalia que os compradores de pechincha aproveitaram uma estreita faixa de negociação que continua oscilando perto de uma baixa de três anos definida pelo contrato na última quinta-feira.
“Os preços mais elevados do petróleo deram suporte aos preços dos complexos de milho e soja esta manhã”, acrescenta Holland.