Por Maximilian Heath
BUENOS AIRES (Reuters) – A área plantada com milho na Argentina em 2024/25 foi estimada em 6,3 milhões de hectares, 17,1% a menos do que na temporada anterior, devido a temores sobre o possível impacto de uma praga que causou grandes perdas na temporada anterior e possíveis condições de seca, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires na terça-feira.
A Argentina é o terceiro maior exportador de milho do mundo. No entanto, na temporada 2023/24, a Bolsa de Cereais (BdeC) teve que reduzir sua estimativa de produção de milho em cerca de 10 milhões de toneladas, para 46,5 milhões de toneladas, devido à disseminação do inseto cigarrinha.
“O principal e mais preocupante (dos motivos da queda) tem a ver com a crescente incerteza em relação à incidência do complexo de vírus e bactérias associado à Dalbulus maidis”, nome científico da cigarrinha, disse a bolsa em um relatório.
O possível cenário de uma queda no nível normal de chuvas durante o período de plantio e crescimento inicial do milho na Argentina, durante a primavera austral, também está influenciando as decisões dos produtores, disse o BdeC, que fez sua primeira estimativa de área para o cereal de 24/25.
“O cenário La Niña fraca — ‘frio neutro’ coloca um limite no suprimento de água que a cultura terá durante seu ciclo”, disse o relatório.
A expressão meteorológica do fenômeno climático La Niña na Argentina é um nível de precipitação menor do que o normal.
Ao mesmo tempo, uma queda no nível de lucratividade do grão reduziu o interesse por ele, de acordo com a bolsa.