A sexta-feira (26) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações levemente negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 61,08 e R$ 70,19.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 61,08 com queda de 0,50%, o novembro/24 valeu R$ 64,90 com baixa de 0,28%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 68,00 com desvalorização de 0,58% e o março/25 teve valor de US$ 70,19 com perda de 0,58%.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram valorizações de 3,28% para o setembro/24, de 3,25% para o novembro/24, de 2,18% para o janeiro/25 e de 1,36% para o março/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19).
Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, destaca que os preços do milho estão em alta desde a semana passada, elevando as cotações nos portos brasileiros de R$ 59,00 para R$ 65,00 nesta semana. Na visão do analista, a alta em Chicago, a elevação do dólar ante ao real e a colheita da safrinha chegando ao final no país são os fatores de sustentação na B3.
Neste cenário, Rafael destaca que a demanda de exportação apareceu nesses últimos dias e fechou contratos para os próximos meses, volumes que vão começar a aparecer nos line-ups nos próximos 30 ou 35 dias.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas alterações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente em Dourados/MS e percebeu desvalorizações nas praças de Londrina/PR, Sorriso/MT e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
O analista da Germinar Corretora relata que as altas da B3 também se refletiram no mercado físico, com valorização média de R$ 3,00 por saca nos últimos dias. Mesmo assim, Rafael aponta que os vendedores seguem esperando preços melhores da avançar mais na comercialização, enquanto os compradores, abastecidos, apostam em quedas nas cotações.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas de até 2,8% na Bolsa de Chicago (CBOT). Mesmo assim, as principais cotações ainda conseguiram finalizar a semana acumulando ganhos de até 1,5% na CBOT.
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,94 com desvalorização de 11,50 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,10 com baixa de 10,75 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,24 com queda de 10,75 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,35 com perda de 10,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (25), de 2,83% par ao setembro/24, de 2,55% par ao dezembro/24, de 2,47% para o março/25 e de 2,36% para o maio/25.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram valorizações de 1,02% para o setembro/24, de 1,30% para o dezembro/24, de 1,43% para o março/25 e de 1,58% para o maio/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19).
Analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, explica que as cotações da CBOT subiram bastante nesta semana com um movimento de recomposição de posições dos fundos e diante de preocupações com o clima, mostrando condições mais quentes para o Oeste do Cinturão do Milho dos Estados Unidos.
Já nesta sexta-feira, Rafael destaca a forte queda nos preços do petróleo e o monitor de seca dos EUA, que na quinta-feira (25) indicou melhora nas condições do solo norte-americano, causaram os recuos das cotações em Chicago.
O analista acredita que os preços do milho na CBOT ainda vão seguir sendo bastante influenciados pelas condições de clima e pelo desenvolvimento das lavouras de milho no país nos próximos 10 a 15 dias.