Baixa do dólar pesa e futuros do milho perdem mais de 1% na B3 nesta 4ª feira

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Depois de boas altas no pregão anterior, os futuros do milho negociados na B3 operam em baixa nesta quarta-feira (17), perdendo mais de 1% entre as posições mais negociadas. Por volta de 14h50 (horário de Brasília), as baixas variavam de 0,3% a 1,6%, com o maio valendo R$ 58,71 e o setembro, R$ 59,62 por saca, perdendo o patamar dos R$ 60,00.

A pressão que se dá sobre os preços do cereal vem, em partes, da baixa do dólar frente ao real nesta segunda. A moeda americana vinha em uma intensa trajetória de alta, renovando suas máximas em meses e hoje passa por uma correção, voltando a atuar perto dos R$ 5,20. A perda, na tarde desta quarta, era de 0,7% para R$ 5,23. Ontem, a divisa se aproximou dos R$ 5,30.

Ainda assim, “o mercado segue observando qual será o tamanho da perda de potencial produtivo para o milho safrinha diante das secas recentes nos estados de MS, PR e PR. Mesmo com as chuvas retornando para estas regiões desde a semana passada, nota-se que as lavouras mais adiantadas receberam chuvas tarde demais, o que não foi o suficiente para reverter o cenário de perda de vigor e rendimento”, afirma a equipe da Agrinvest Commodities. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal terminaram o dia com estabilidade, mas do lado negativo da tabela. As perdas nas posições mais negociadas foram de 0,75 a 2,25 pontos, com o maio chegando aos US$ 4,30 e o setembro a US$ 4,50 por bushel. O milho recuou acompanhando também as perdas do trigo, que se intensificaram ao longo do dia e encerraram o pregão superando 2% na CBOT. 

As perdas só não foram mais intensas porque, do outro lado das perdas fortes do trigo, estavam as altas da soja e do farelo e o mercado foi buscando seu equilíbrio.

Com o plantio se desenvolvendo na safra 2024/25 dos Estados Unidos, as condições de clima no Meio-Oeste americana também são uma questão relevante e monitora de perto, com constância e atenção pelo mercado futuro norte-americano. Ao mesmo tempo, as atenções se dividem com o quadro geopolítico cada vez mais tensionado. 

“A atenção no clima dos EUA continua, com o norte e oeste do país sem previsões de chuvas significativas para os próximos 10 dias. Ao mesmo tempo, o mercado aguarda o posicionamento de Israel, em sua terceira reunião do gabinete de guerra, que estava prevista para ontem (16), mas foi remarcada para essa quarta-feira (17). Espera-se uma resposta do país sobre o primeiro ataque direto do Irã que ocorreu no final de semana”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro.

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