A StoneX estimou a segunda safra de milho 2023/24 em 93,5 milhões de toneladas, corte de 3,9% na produção.
O clima muito seco que continuou predominando em parte importante da região produtora em maio motivou novos cortes nas safras de Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, com produtividades recuando, em muitos casos, para abaixo de 5 toneladas por hectare.
No lado positivo, houve um pequeno aumento do rendimento do Mato Grosso e na área de Pará e Maranhão, mas que não foram suficientes para compensar as perdas de produtividade em outros estados.
Para a primeira safra de milho, o grupo não trouxe mudanças em relação à produção divulgada anteriormente, em 26 milhões de toneladas, 8,9% a menos que no ano passado.
Essa safra menor de milho no verão foi motivada por uma queda na área plantada, enquanto a produtividade média nacional apresentou um resultado mais positivo que no ciclo 2022/23. No ano passado, o Rio Grande do Sul acumulou perdas importantes devido ao La Niña. Já a safra 2023/24 foi de recuperação, lembrando que a colheita do milho gaúcho já estava praticamente finalizada quando as chuvas torrenciais começaram.
Outros estados também registraram produtividades favoráveis, mas que não compensaram o recuo na área.
Com o recuo projetado para a safrinha, enquanto os volumes esperados para a primeira e a terceira safra ficaram inalterados, a produção total caiu para 121,75 milhões de toneladas, 3,1% a menos que o número anterior.
Para o milho, uma safrinha menor impacta diretamente a disponibilidade do cereal para exportação. Com isso, as exportações esperadas para o ciclo 2023/24 foram reduzidas de 45 para 40 milhões de toneladas, enquanto se espera que o consumo doméstico se mantenha aquecido.
Com uma oferta e um uso total menores, os estoques finais da safra 2023/24 foram estimados em 14,6 milhões de toneladas.