A quinta-feira (22) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 63,76 e R$ 64,16, após cair até 1,13%.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 64,16 com baixa de 0,36%, o maio/24 valeu R$ 64,00 com desvalorização de 1,13%, o julho/24 foi negociado por R$ 63,76 com queda de 0,84% e o setembro/24 teve valor de R$ 63,76 com perda de 0,92%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização nas praças de Sorriso/MT e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
Para o Analista de Mercado da Brandalizze, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro segue perto da estabilidade, sem apresentar muitas variações neste momento mais voltado à demanda interna.
“Está colhendo a primeira safra com poucas alterações nas cotações. Temos visto uma pequena queda nas cotações no porto seguindo a lógica de Chicago”, pontua Brandalizze.
A análise da Agrinvest acrescenta que, com exceção das indústrias de etanol, os demais consumidores internos de milho ainda estão descobertos para a safrinha, assim como os exportadores.
“Ao contrário do ano passado, as tradings esse ano não estão conseguindo vender, reduzindo os compromissos de compra para o 2º semestre”, diz a consultoria.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também fecharam o pregão desta quinta-feira acumulando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,06 com perda de 5,00 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,18 com desvalorização de 5,75 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,30 com baixa de 5,00 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,39 com queda de 4,00 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última quarta-feira (21), de 1,22% para o março/24, de 1,42% para o maio/24, de 1,15% para o julho/24 e de 0,90% para o setembro/24.
Segundo informações da Agrinvest, sem novidades altistas para o milho, os futuros do cereal em Chicago acabam sendo pressionados pela derrocada da soja e do farelo.
“O mercado ainda está digerindo a perspectiva de uma oferta abundante de milho nos EUA nos estoques finais da temporada 24/25, que podem ser os maiores desde a temporada 87/88. O que vai definir se os preços seguirão pressionados ou não será o levantamento das intenções de plantio por parte do produtor americano. Essas intenções precisam apresentar área menor em relação as estimativas do USDA em seu último fórum”, explica a consultoria.