A sexta-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho operando próximos da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram em campo misto e na faixa entre R$ 64,31 e R$ 64,65, acumulando leves perdas semanais.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 64,55 com alta de 0,06%, o maio/24 valeu R$ 64,65 com queda de 0,08%, o julho/24 foi negociado por R$ 64,31 com elevação de 0,30% e o setembro/24 teve valor de R$ 64,53 com ganho de 0,09%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram baixas de 0,48% para o março/24, de 0,71% para o maio/24, de 0,77% par ao julho/24 e de 0,42% para o setembro/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (09).
Os preços do milho no Brasil passam por um momento de lateralização e poucas movimentações diante do um cenário com forças opostas atuando, como destaca o Analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira.
Ele explica que 2024 deve ser um ano de redução de oferta de milho no Brasil, mas por outro lado, a colheita da safra de verão está avançando no Sul do país.
Na visão do analista, as movimentações dos próximos três meses serão definidas pelas condições climáticas para o desenvolvimento da segunda safra, que já começa com potencial produtivo menor diante de menos investimentos em tecnologia e dificuldades com a janela de plantio em muitas regiões.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização nas praças de Sorriso/MT, Campinas/SP e Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Castro/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A análise da SAFRAS & Mercado aponta que “o mercado brasileiro de milho sinalizou um movimento de reação nos preços do meio de semana em diante, na retomada dos negócios após o feriado de Carnaval”
Segundo a Safras Consultoria, o movimento foi determinado por uma menor fixação de venda por parte dos produtores, que centram suas atenções na colheita e no escoamento da safra de soja.
“Os negócios envolvendo o cereal ficaram em segundo plano. Ainda assim, o interesse de compra por parte dos consumidores também se mostrou calmo, sem que houvesse uma maior pressão em torno dos preços, o que também favoreceu o movimento de recuperação, em meio à menor disponibilidade de oferta”, diz a SAFRAS.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram o pregão de sexta-feira com flutuações em campo misto e próximas da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT), mas acumularam desvalorizações ao longo da semana.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,16 com baixa de 1,25 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,29 com queda de 0,25 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,40 com alta de 0,50 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,47 com ganho de 1,50 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (15) de 0,23% para o julho/24 e de 0,45% para o setembro/24, além de perda de 0,24% para o março/24 e estabilidade para o maio/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram desvalorizações de 3,03% para o março/24, de 2,72% para o maio/24, de 2,22% para o julho/24 e de 2,19% para o setembro/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (09).
Segundo informações da Agrinvest, embora o USDA tenha trazido corte em sua projeção de área cultivada com milho 24/25 nos Estados Unidos em prol do aumento da soja, o que poderia ter contribuído para uma recuperação de preços, os futuros do milho acabaram recuando diante da elevação dos estoques finais para a nova temporada.
“Com todos os fundamentos baixistas para o milho já bem precificados no mercado, fazendo os preços operaram em seus menores patamares em 3 anos nesta semana, os contratos hoje operaram com variações moderadas na CBOT”, diz a consultoria.
O site internacional Farm Futures acrescenta que, “os preços têm estado em declínio geral desde meados de dezembro, entre expectativas de uma colheita abundante na América do Sul, juntamente com grandes ofertas internas”.