A quarta-feira (14) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 64,16 e R$ 64,62.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 64,46 com queda de 0,62%, o maio/24 valeu R$ 64,62 com baixa de 0,75%, o julho/24 foi negociado por R$ 64,16 com desvalorização de 1,00% e o setembro/24 teve valor de R$ 64,30 com perda de 0,77%.
Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços do milho na B3 seguiram a lógica negativa vinda de Chicago, com o mercado de porto também caindo no Brasil nesta quarta-feira.
“Ainda está entre R$ 64,00 e R$ 65,00. A B3 não tem mudado muita coisa porque ela precisa definir essa questão da safrinha. A safrinha ainda está indefinida, mas eu acredito que ela possa perder 1,5 milhão de hectares em relação ao ano passado e essas variações climáticas também pode vir a limitar a potencial da safrinha”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um meio de semana de mais altos do que baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações apenas em Castro/PR, Rio do Sul/SC e Sorriso/MT. Já as valorizações apareceram nas praças de Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
Ainda nesta quarta-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, depois de caírem fortemente em janeiro, os preços do milho voltaram a subir na última semana no mercado doméstico.
“O impulso vem da retração de parte dos vendedores, fundamentados na expectativa de menor produção na safra 23/24. Por outro lado, as altas foram limitadas pela demanda enfraquecida, com consumidores negociando de forma pontual, priorizando a utilização de estoques”, dizem os pesquisadores do Cepea.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho futuro também contabilizaram movimentações negativas ao longo desta quarta-feira.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,24 com desvalorização de 6,50 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,37 com baixa de 6,00 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,47 com queda de 5,25 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,53 com perda de 5,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (13), de 1,40% para o março/24, de 1,35% para o maio/24, de 1,11% para o julho/24 e de 1,09% para o setembro/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os contratos de março de 24 atingiram um novo mínimo de três anos, com os preços caindo abaixo do valor de referência de US$ 4,30/bushel.
“Os mercados agrícolas estão em um padrão de espera antes do Fórum Ag Outlook do USDA amanhã de manhã, que apresentará estimativas revisadas para a área plantada prevista para 2024, bem como estimativas de fornecimento e uso”, explica Jacqueline Holland, analista da Farm Futures.
A análise da Agrinvest acrescenta que um dólar mais forte no mercado internacional mantém as commodities americanas menos competitivas na exportação, pressionando das cotações dos grãos.
“A semana de feriado na China, clima favorável para toda a América do Sul, especialmente na Argentina, onde chuvas ocorreram nos últimos cinco dias, também trazem pressão adicional para a soja e o milho”, adiciona ainda a consultoria.