A segunda-feira (10) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 58,32 e R$ 69,50 após subirem até 2,1% neste pregão.
O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 58,32 com ganho de 1,96%, o setembro/24 valeu R$ 62,45 com valorização de 2,16%, o novembro/24 foi negociado por R$ 66,19 com alta de 1,86% e o janeiro/25 teve valor de R$ 69,50 com elevação de 1,91%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve altas e baixas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP, enquanto as valorizações apareceram nas praças de Castro/PR, Sorriso/MT, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise da Agrinvest, o milho na B3 esteve em alta nesta segunda-feira puxado pelo câmbio acima dos R$ 5,34, máxima de mais de 1 ano. Mesmo assim, do ponto de vista do custo de originação, hoje o milho na B3 é um dos mais baratos do país.
A consultoria destaca que, “o milho hoje no interior do Brasil está negociando bem acima do custo da compra somado ao custo logístico até os portos. A margem de originação, a diferença entre o custo de originação e a venda no Fob, está negativa entre 20 e 30 centavos por bushel, variando conforme o corredor de exportação”.
Como a B3 costuma, historicamente, trabalhar nos meses de colheita da safrinha em linha com o Fob, e neste momento está trabalhando abaixo deste patamar, a Agrinvest conclui que “no câmbio atual e CBOT, o milho na B3 estaria barato”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho caíram na última semana na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
“A pressão vem do avanço da colheita em um ritmo acima do verificado no ano anterior. De modo geral, as negociações estão lentas no spot”, destaca o Cepea.
Segundo os pesquisadores, “ainda que muitos produtores comecem a aumentar o volume disponibilizado, uma parcela, receosa quanto aos impactos do clima adverso sobre as lavouras, segue limitando a oferta. Do lado da demanda, conforme colaboradores consultados pelo Cepea, consumidores recebem lotes negociados antecipadamente ou priorizam a utilização dos estoques, adquirindo poucos lotes no spot, à espera de novas desvalorizações”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a segunda-feira também foi um dia de pregão positivo para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,51 com valorização de 3,00 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,56 com alta de 1,50 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,68 com elevação de 1,00 ponto e o março/25 teve valor de US$ 4,80 com ganho de 0,75 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação à última sexta-feira (07), de 0,67% para o julho/24, de 0,33% para o setembro/24, de 0,21% para o dezembro/24 e de 0,16% para o março/25.
Segundo informações da Agrinvest, os futuros de milho operaram em alta hoje, mesmo com um dólar mais forte, o que limitou a valorização dos grãos americanos.
“O tom positivo fica pela revisão que a NOPA trouxe em relação ao volume de processamento de soja dos EUA em abril, saindo de 166,03 milhões de bushels para 169,4 milhões. Mais esmagamento, ou seja, maior demanda, significa estoques menores ao final da temporada 23/24”, dizem os analistas da Agrinvest.