Os futuros do milho fecharam a quarta-feira (20) em queda na B3, perdendo entre 0,6% e 1,7% nas posições mais negociadas. Assim, o maio terminou os negócios com R$ 60,63 e o setembro com R$ 61,10 por saca. O mercado segue ainda bastante volátil e, nesta quarta sentiu ainda a pressão intensa do dólar. A moeda americana fechou com baixa de 1,09% frente à brasileira.
Apesar da pressão nesta quarta, o mercado vem testando algumas altas nesta semana diante das preocupações com a segunda safra brasileira. O tamanho da safrinha é muito incerto ainda, ao passo em que
“Há uma volatilidade sobre a qual os agentes da bolsa se aproveitam desta indefinição das estimativas e também a situação climática. Todo o direcionamento do mercado de milho daqui para frente depende, exclusivamente, deste cenário climático que teremos ao longo dos próximos 60 dias”, explica o consultor de grãos e projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Afinal, ao mesmo tempo em que a oferta deverá ser mais enxuta, a demanda por esta nova safra já está se apresentando, em especial internamente. Consumo interno do cereal deve registrar incremento de cerca de 4,5 milhões de toneladas, segundo a Agrifatto, e vai ajudar no suporte às cotações. Demanda maior se dá pelo setor de proteínas animais e expansão da produção de etanol a partir do cereal.
As exportações deverão ser menores, por outro lado, dado justamente este menor volume a ser colhido nesta tempoerada e, por conta disso, a competitividade dos concorrentes precisará ser monitorada.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal encerraram o dia em campo misto, com pequenas variações. O maio cedeu 0,50 ponto para valer US$ 4,39, enquanto o setembro subiu 0,50 ponto para US$ 4,61 por bushel. De um lado, a pressão vinda das baixas do trigo, de outro, o estímulo vindo da disparada da soja e dos derivados, que subiram mais de 2% na CBOT.