A terça-feira (30) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 63,78 e R$ 64,60.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 64,49 com alta de 0,56%, o maio/24 valeu R$ 64,60 com elevação de 0,67%, o julho/24 foi negociado por R$ 64,40 com ganho de 0,63% e o setembro/24 teve valor de R$ 63,78 com valorização de 1,22%.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca a recuperação de preços do milho na B3 nesta terça-feira, mas ressalta que, com apenas 15% da primeira safra de milho colhida no Brasil, o mercado pode ainda viver dias de pressão pela frente.
“A B3 segue muito o mercado nacional e ainda vai ter muito milho. Ainda tem um leve viés de baixa para uma acomodação”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve altos e baixos nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações nas praças de Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Dourados/MS, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP. Já as valorizações apareceram em Castro/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Na avaliação da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho abriu a semana com um cenário de pressão nas cotações e movimento calmo nos negócios. “A colheita da safra de verão avança e os consumidores ainda seguem com pouco interesse na ponta compradora, esperando um declínio maior nos preços”.
Segundo a Consultoria, “os consumidores de milho ainda apontam para uma posição relativamente confortável em seus estoques, ainda tentando pressionar o mercado. As ofertas avançam em diversas regiões do país, a exemplo do que vem acontecendo em São Paulo, justificando a movimentação da B3 no decorrer do dia”, diz a SAFRAS.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerram o pregão desta terça-feira contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,47 com elevação de 7,50 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,58 com valorização de 8,25 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,67 com ganho de 8,00 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,72 com alta de 6,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (29), de 1,59% para o março/24, de 1,78% para o maio/24, de 1,74% para o julho/24 e de 1,51% para o setembro/24.
Para Brandalizze, após as notícias negativas da economia chinesa que derrubaram todas as cotações no pregão de segunda-feira, o milho se recuperou juntamente com o sentimento de que a China deverá voltar a estimular a economia.
“A China é o maior importador mundial, importou 27,2 milhões de toneladas de milho ano passado e nesse ritmo é bem possível que passe de 30 milhões esse ano. Certamente o setor de rações na China vai crescer para atender demanda de suínos, de ovos, de frango, leite. Há indicativos de que essa semana eles já voltem a comprar milho americano e isso é um sinal importante”, explica o analista.