Esta quinta-feira (02) foi de alta para os preços futuros do milho tanto na Bolsa de Chicago quanto na B3. As altas mais expressivas foram registradas na CBOT, com altas que variaram entre 6,75 até 9 pontos nos principais contratos. Os principais motivos apontados para a alta são o clima seco e quente em áreas do Brasil e chuvoso em alguns locais dos Estados Unidos.
As altas mais expressivas aconteceram na Bolsa de Chicago. O vencimento maio/24 fechou dia com valorização de 8,75 pontos, a US$ 4,52/bushel. O julho/24 teve alta de 9 pontos, cotado a US$ 4,59/bushel. O setembro passou a valer US$ 4,67, com 8 pontos positivos. O dezembro subiu 6,75 pontos e terminou o dia a US$ 4,79/bushel.
A consultora de mercado Naomi Blohm afirmou em comentário publicado pelo Farm Progress que os futuros do milho parecem estar potencialmente rompendo os níveis de resistência. Segundo ela, existem notícias e fundamentos suficientes para dar suporte a um movimento ascendente aos futuros do grão.
Blohm atribui os ganhos às condições climáticas da segunda safra no Brasil e a desaceleração do plantio nos Estados Unidos, devido às condições úmidas e à previsão de mais chuvas no fim de semana e no início da próxima semana.
Além disso, a produção semanal de etanol aumentou 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. No relatório de esmagamento da tarde de quarta-feira (01), o USDA informou que 468,75 milhões de bushels de milho foram usados para a produção de álcool combustível em março. Esse valor está acima das estimativas dos analistas e com altas de 5% no mês e 7% no ano.
A Agrinvest Commodities aponta ainda em análise publica na tarde desta quinta-feira que “um dólar mais fraco e a forte valorização da soja hoje em Chicago acabam dando suporte de valorização para os futuros do milho e trigo americano”.
Bolsa brasileira sobre em três dos principais contratos
Apesar de uma pequena desvalorização de 0,03% no contrato maio/24, que passou a valer R$ 57,31/saca, os demais principais contratos do milho na B3 concluíram o dia em alta.
O julho/24 teve valorização de 0,99%, negociado a R$ 58,42/saca. O setembro/24 fechou o dia cotado a R$ 60,10/saca, valorização de 1,01%. O novembro/24 subiu 0,43% e passou a valer R$ 63,14/saca. Com isso esse contratos acumulam a terceira alta seguida nesta semana.
De acordo com informações da Agrinvest Commodities, os futuros do milho na B3 têm como suporte a alta dos futuros na CBOT e a preocupação com as exportações de milho na Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) informou nesta quinta-feira uma redução na previsão da safra de milho de 49,5 milhões de toneladas para 46,5 milhões de toneladas.
Ainda de acordo com a Agrinvest, a B3 tem como fundamento as possíveis reduções nas produções de milho no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, por conta das altas temperaturas e a sequência de dias sem chuvas prevista pela meteorologia. Contudo, essa condição é aliviada pela aproximação do início da colheita do milho em Mato Grosso e Goiás, onde as lavouras apresentam bom desenvolvimento.