O mercado do milho fechou os negócios na B3 em queda nesta terça-feira (12), corrigindo parte das altas acumuladas nas últimas sessões. As perdas nas posições mais negociadas variaram de 0,2% a 1,2%, com o janeiro encerrando o dia com R$ 76,76 e o março, R$ 76,80 por saca.
“A queda nos preços e prêmios da soja acaba refletindo na desvalorização do milho. Mesmo com o atraso no plantio é esperado que o clima favorável contribua para o rápido desenvolvimento da soja no Brasil, o que permitiria que a colheita ocorresse na janela ideal, favorecendo o plantio do milho safrinha”, informa a Agrinvest Commodities. “Com a fraca competitividade do milho brasileiro na exportação, o programa da temporada 2023/24 está quase 20 milhões de toneladas abaixo do ano passado, mantendo a oferta no spot concentrada no mercado doméstico”.
Os preços têm tido um suporte importante no mercado nacional vindo, principalmente, da oferta mais enxuta, com os produtores contidos em suas vendas. E a sustentação vem mesmo diante do bom avanço do plantio da safra de verão e da disponibilidade da safrinha. O momento, todavia, é de ajuste nesta manhã de terça.
“A demanda interna está aquecida e a expectativa é de que esse cenário persista nos próximos dias, devido à necessidade de consumidores de recompor estoques. Vendedores, por sua vez, negociam com cautela, dando prioridade aos trabalhos de campo envolvendo a safra verão”, informou o Cepea.
O dólar próximo da estabilidade, tendo testado boa parte da sessão em campo negativo também pesou sobre os preços do milho na B3. A moeda americana encerrou o dia com uma ligeira alta de 0,01% e valendo R$ 5,77.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho também terminaram o dia em campo negativo e com tímidas perdas. Os principais vencimentos recuaram entre 1,50 e 2,50 pontos, com o dezembro valendo US$ 4,28 e o março com US$ 4,40 por bushel.
Parte da pressão se deu pelas baixas no trigo, que se intensificaram ao longo do dia, bem como da soja, dos óleos vegetais e da alta do dólar indexe nesta terça-feira.
A demanda também tem sido um ponto também bastante importante de sustentação às cotações do cereal na CBOT. As exportações dos EUA têm se mostrado bastante fortes nesta temporada e em seu último boletim mensal de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu sua estimativa para a safra 2024/25 do país, ao passo em que aumentou para as exportações, agora esperadas em 59,06 milhões de toneladas.