A quinta-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho, mais uma vez, contabilizando recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações operaram no campo negativo e flutuaram na faixa entre R$ 68,85 e R$ 71,20.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 68,85 com baixa de 1,15%, o março/24 valeu R$ 71,20 com queda de 1,11%, o maio/24 foi negociado por R$ 69,16 com perda de 1,07% e o julho/24 teve valor de R$ 67,31 com desvalorização de 1,72%.
Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, como as exportações brasileiras de milho devem ir até março, antes de dar espaço para a soja nos protos, o mercado interno começa a se acomodar e a B3 vai se antecipando olhando para a safra brasileira.
“O Sul do Brasil teve chuvas boas, a safra de milho está andando bem, a colheita vai ganhar ritmo e daí o mercado vai trabalhar o primeiro semestre para a demanda interna, então sem muito folego de disparada”, pontua Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um penúltimo dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas na praça de Sorriso/MT. Já as desvalorizações apareceram em Campo Novo do Parecis/MT, Dourados/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho já sente a pressão da entrada da safra de verão no Sul do Brasil, o que pode gerar perdas no valor da saca.
“Nesta quarta-feira, o mercado doméstico de milho seguiu registrando algum aumento de oferta com a colheita avançando. Agora já é sentida uma pressão de baixa regionalizada nos preços do cereal”, dizem as informações da Consultoria SAFRAS & Mercado.
Mercado Externo
A quinta-feira também foi negativa para os preços internacionais do milho futuro, que recuaram ao longo deste pregão na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,57 com queda de 1,75 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,69 com baixa de 1,75 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,79 com desvalorização de 2,25 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,83 com perda de 2,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (10), de 0,44% para o março/24, de 0,42% para o maio/24, de 0,42% para o julho/24 e de 0,41% para o setembro/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os futuros do milho foram negociados mais baixos, enquanto os mercados aguardam novos insights fundamentais de produção da safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), dos estoques trimestrais de grãos e das estimativas mundiais de oferta e demanda agrícola (WASDE).
A publicação ainda acrescenta que, os mercados de milho também estão observando o progresso da safra sul-americana, mesmo que seja por uma pequena direção dos preços. “A Argentina tem desfrutado de fortes pancadas de chuva nos últimos meses que ajudaram a eliminar uma seca de vários anos causada pelos padrões climáticos La Niña”, relata Jacqueline Holland, analista da Farm Futures.