A sexta-feira (09) chega ao final com os preços futuros do milho levemente recuados na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 64,80 e R$ 65,11, mas ainda conseguiram sustentar elevações semanais.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 64,86 com desvalorização de 0,60%, o maio/24 valeu R$ 65,11 com perda de 0,02%, o julho/24 foi negociado por R$ 64,81 com baixa de 0,45% e o setembro/24 teve valor de R$ 64,80 com queda de 0,38%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram valorizações de 1,08% para o março/24, de 1,48% para o maio/24, de 1% para o julho/24 e de 1,14% para o setembro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (02).
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou entre ganhos e perdas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Pato Branco/PR, Jataí/GO e Rio Verde/GO. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Castro/PR, Sorriso/MT, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
Os preços do milho seguem com movimentações levemente pressionados ou lateralizadas no mercado brasileiro neste começo de ano. Na visão do Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, este é um momento sazonal de pressão com o milho fora da pauta de exportação e aumento de oferta.
Posdclan explica que com o foco indo para a soja, que está sendo colhida na safra 2023/24, o volume de milho disponível na virada de ano mais os grãos vindos da colheita da safra de verão entram no mercado trazendo esta influência nos preços.
O consultor acredita que esta seja a toada do mercado até o mês de março, quando as condições climáticas para o desenvolvimento da segunda safra de milho devem passar a ter protagonismo na definição de rumos das cotações do cereal no Brasil.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho futuro também encerrar o pregão desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas e acumulando reveses ao longo desta semana.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,29 com desvalorização de 4,25 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,41 com baixa de 3,50 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,50 com perda de 3,25 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,57 com queda de 4,00 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (08), de 0,92% para o março/24, de 0,90% para o maio/24, de 0,88% para o julho/24 e de 0,87% para o setembro/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram desvalorizações de 2,94% para o março/24, de 2,65% para o maio/24, de 2,60% para o julho/24 e de 2,35% para o setembro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (02).
“Os futuros de grãos permaneceram sob pressão devido à fraca demanda de exportação, ao clima geralmente favorável na América do Sul e ao corte surpreendentemente pequeno do USDA em sua estimativa de safra de soja no Brasil ontem”, disse o Relatório Brock, repercutido pelo site internacional Successful Farming.
“A última coisa que queremos ver quando fazemos uma grande colheita são reduções no consumo. Mas, infelizmente para o mercado de milho dos EUA, foi exatamente isso que aconteceu no relatório de quinta-feira”, desctaca a analista da Farm Futures, Jacqueline Holland.