A segunda-feira (05) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 64,82 e R$ 65,50 após subirem até 2% nesta abertura da semana.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 65,50 com ganho de 2,07%, o maio/24 valeu R$ 65,50 com valorização de 2,09%, o julho/24 foi negociado por R$ 65,17 com alta de 1,56% e o setembro/24 teve valor de R$ 64,82 com elevação de 1,17%.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a indefinição sobre a segunda safra de milho brasileira segue dando o tom de volatilidade no mercado nacional do cereal.
“Muita gente acha que a safrinha vai ser grande como a do ano passado, eu acho que não. A B3 leva em consideração não só o mercado brasileiro, mas exportação, mercado internacional, Chicago, Argentina, o canal do Panamá que segue sendo obstáculo nos Estados Unidos. Têm fatores positivos e negativos agindo ao mesmo tempo”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas baixas e algumas altas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações nas praças de Sorriso/MT e São Gabriel do Oeste/MS, enquanto as valorizações apareceram em Dourados/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, no acumulado de janeiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (região de Campinas/SP) caiu 9,9%.
“Compradores se mantêm retraídos, aguardando baixas mais expressivas nas cotações. Além disso, o recuo dos preços externos e da taxa de câmbio também pressiona os valores no Brasil, ao reduzir a paridade de exportação. Produtores, por sua vez, estão concentrados nos trabalhos de campo”, dizem os pesquisadores do Cepea.
A nota indica ainda que, “no Sul do País, o avanço da colheita, que eleva a oferta do cereal, tem pressionado os valores. No Sudeste, apesar de uma safra de verão menor, colheitas pontuais também aumentam o volume ofertado. Já no Centro-Oeste, são os estoques remanescentes da safra 2022/23 que permitem que produtores aumentem a disponibilidade no spot. Para a segunda safra, a redução na área e a expectativa de menor produção ainda deixam agentes atentos quanto à oferta, aos preços e à comercialização no segundo semestre”.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), a segunda-feira foi um dia estável para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,42 com estabilidade, o maio/24 valeu US$ 4,53 com queda de 0,25 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,62 com baixa de 0,50 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,68 com estabilidade.
Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última sexta-feira (02), para o março/24, para o maio/24, para o julho/24 e para o setembro/24.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos futuros do milho receberam influência positiva vinda da soja, que subiu com dados altistas de exportação dos Estados Unidos, mas foram pressionados pelos próprios números de vendas do milho.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), informou que os embarques da última semana foram de 624,295 mil toneladas, abaixo do intervalo esperado de 750 mil a 1,2 milhão.