A terça-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho levemente mais altos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,45 e R$ 68,95.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 60,45 com valorização de 0,60%, o novembro/24 valeu R$ 62,95 com alta de 0,13%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 66,23 com ganho de 0,26% e o março/25 teve valor de R$ 68,95 com elevação de 0,03%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Jataí/GO, Rio Verde/GO e Campinas/SP. Já as valorizações apareceram em Castro/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Eldorado/MS e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
A análise da Agrinvest, destaca que os futuros do milho operaram em alta na B3 seguindo a tendência de alta vinda de Chicago. Apesar disso, a valorização foi limitada pela menor competitividade do milho brasileiro na exportação e pelos problemas logísticos no escoamento do cereal aos portos devido aos baixos níveis dos rios do Arco Norte.
“Apesar disso, os preços no mercado interno continuam firmes devido à postura cautelosa dos produtores, que têm retido estoques e vendido apenas o necessário, dada a baixa rentabilidade do milho”, acrescentam os analistas da Agrinvest.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) a terça-feira começou estável para os preços internacionais do milho futuro, mas chegou ao final contabilizando movimentações positivas de mais de 1,5% no pregão.
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,67 com elevação de 5,25 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 3,92 com valorização de 6,25 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,11 com alta de 6,25 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,21 com ganho de 5,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (26), de 1,45% para o setembro/24, de 1,62% para o dezembro/24, de 1,54% para o março/25 e de 1,26% para o maio/25.
Segundo informações da Agrinvest, os futuros de cereais tiveram fortes altas na CBOT devido ao risco de acidente nuclear na usina de Kursk, na Ucrânia.
“Combates intensos entre militares russos e ucranianos estão ocorrendo nessa região. Hoje, o chefe da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, alertou sobre o risco de acidente nuclear e a gravidade da situação. Embora a oferta de grãos nos portos de Odessa esteja normalizada por enquanto, o mercado já precificou antecipadamente um possível cenário de restrição de oferta no Leste Europeu caso ocorra um incidente”, detalha a consultoria.