A quarta-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho registrando poucas alterações na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 68,45 e R$ 72,96 se movimentando no campo misto.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 68,45 com queda de 0,22%, o janeiro/25 valeu R$ 71,66 com perda de 0,24%, o março/25 foi negociado por R$ 72,96 com alta de 0,08% e o maio/25 teve valor de R$ 72,01 com baixa de 0,30%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações positivas neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Não-Me-Toque/RS, Nonoai/RS e Sorriso/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise da Agrinvest, os futuros do milho apresentaram variações mistas nesta quarta-feira na B3.
“No Brasil, as ofertas estão se esgotando, enquanto na Argentina estão ficando mais caras. O milho segue sustentado por um dólar mais forte, boa demanda interna e preocupações com o milho safrinha de 2025. O atraso na semeadura da soja pode reduzir a janela de plantio do milho, aumentando ainda os riscos agroclimáticos”, detalham os analistas da consultoria.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho finalizaram as atividades desta quarta-feira contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,04 com valorização de 3,50 pontos, o março/25 valeu US$ 4,20 com ganho de 3,00 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,28 com elevação de 2,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,34 com alta de 2,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (15), de 0,87% par ao dezembro/24, de 0,72% para o março/25, de 0,65% para o maio/25 e de 0,58% para o julho/25.
Segundo informações da Agrinvest, os futuros do milho operaram com altas em Chicago nesta quarta-feira, descolados da queda da soja, com suporte da boa demanda por milho dos Estados Unidos, enquanto os preços do cereal da América do Sul estão mais elevados.
“A queda na produção de milho da Ucrânia e expectativas de menor produção na Argentina para a temporada 24/25, continuam trazendo viés positivo para as cotações. Outra questão envolvendo o milho é o clima no Brasil, a seca no Norte do país trouxe queda para os níveis dos rios Madeira e Tapajós, impactando na queda do escoamento e encarecimento do milho brasileiro nas exportações”, apontam os analistas da consultoria.
O Diretor da Pátria Agronegócios, Cristiano Palavro, também ressaltou o papel da forte demanda pelo milho dos Estados Unidos no mercado internacional, com o cereal norte-americano estando mais competitivo do que o brasileiro neste momento.
Além disso, Palavro destaca que há uma redução de produção mundial com os Estados Unidos produzindo menos do que no ano passado, a Ucrânia reduzindo a safra, o Brasil que colheu menos e a Argentina que perdeu na última safra.