A quinta-feira (01) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,60 e R$ 69,91.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 60,60 com valorização de 1,63%, o novembro/24 valeu R$ 64,28 com ganho de 1,13%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 67,38 com alta de 0,54% e o março/25 teve valor de R$ 69,91 com elevação de 0,19%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho fechou o penúltimo dia da semana com poucas alterações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em São Gabriel do Oeste/MS e percebeu valorização apenas em Não-Me-Toque/RS e Sorriso/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
A análise da Agrinvest, destacou que a alta do dólar neste primeiro dia do mês de agosto resultou em uma sessão positiva para o milho na B3 ao longo do pregão.
Na visão de Vlamir Brandalizze, Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, os preços do milho na B3 têm possibilidade de buscarem novas altas e operarem em patamares ainda mais elevados.
“Terminando a colheita, passando o mês de agosto, em setembro vamos ter demanda interna já aquecendo para o setor de ração e de etanol, e para a exportação. Aí o mercado deve começar a subir a escada efetivamente”, aponta.
“Eu acho que antes do fim do ano a gente deva ver a cotação da B3 acima dos R$ 70,00 para as posições da virada do ano, e não somente lá para março/25, que eu acho que vá para R$ 75,00 ou mais”, acrescenta Brandalizze.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro, finalizaram a quinta-feira com movimentações levemente negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,82 com queda de 0,75 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 3,98 com desvalorização de 1,25 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,15 com baixa de 0,50 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,26 com perda de 0,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (31), de 0,20% para o setembro/24, de 0,31% para o dezembro/24, de 0,12% para o março/25 e de 0,18% para o maio/25.
O Analista do site internacional Farm Futures, Ben Potter, destacou os números baixos das exportações de milho dos Estados Unidos, conforme reportado nesta quinta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
“As vendas de safras antigas caíram para uma nova baixa no ano de comercialização, enquanto as vendas totais estavam na extremidade inferior das estimativas dos analistas”, relata.
A Agência Reuters acrescentou também o papel negativo do clima, pesando nas cotações do milho Chicago e levando os preços abaixo dos US$ 4,00 após ficar perto da mínima em quatro anos.
“A maior parte do problema é o clima e a ideia de que estamos vendo grandes safras chegando este ano”, disse Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group, ao descrever a espiral descendente do milho, conforme reportado pela Reuters.