A quinta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando mais um dia de movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,19 e R$ 75,52 com avanços ao redor de 1%.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 72,19 com ganho de 0,82%, o janeiro/25 valeu R$ 74,90 com valorização de 1,15%, o março/25 foi negociado por R$ 75,52 com alta de 0,96% e o maio/25 teve valor de R$ 73,97 com elevação de 0,93%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um penúltimo dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Sorriso/MT e Brasília/DF. Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
O Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, destaca que a demanda por milho disponível, tanto no mercado interno quanto nas exportações, está elevada neste momento no Brasil. Esse fator, aliado à menor produção em 2024 está encurtando os estoques brasileiros e sustentando as cotações do cereal.
Para Fernandes, o cenário de futuro também é positivo para as cotações, já que o atraso no plantio da soja já encurtou a janela de semeadura da segunda safra em 2025, que pode ser ainda mais impactada casos as previsões de chuvas em fevereiro se confirmem.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão desta quinta-feira também foi de movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,21 com alta de 2,50 pontos, o março/25 valeu US$ 4,35 com valorização de 3,00 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,41 com ganho de 2,00 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,45 com elevação de 1,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (23), de 0,60% para o dezembro/24, de 0,69% para o março/25, de 0,45% para o maio/25 e de 0,34% para o julho/25.
Segundo Ênio Fernandes, o cenário de menos produção no Brasil em 2024, estoques diminuindo, safra de verão menor e encurtamento da janela em 2025 no país tem beneficiado os Estados Unidos, que surgem como principal originação do cereal no mercado internacional neste momento.
Outro fator positivo para as cotações em Chicago é o setor de etanol de milho bastante aquecido e demandante nos Estados Unidos.
Na visão do consultor, os preços do cereal na CBOT podem ir buscar patamares entre US$ 4,60 e US$ 4,70 em momentos mais à frente.