O relatório mensal de oferta e demanda reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (12) veio também, como na soja, baixista para o milho, apesar de um corte nas estimativas para a safra brasileira. O número teve apenas um corte superficial, passando de 129 pata 127 milhões de toneladas. As exportações nacionais, porém, foram revisadas de 54 para 55 milhões de toneladas.
Por outro lado, o USDA manteve sua projeção para a produção da Argentina em 55 milhões de toneladas, ao mesmo tempo em que manteve também as exportações em 41 milhões.
O boletim trouxe ainda uma ligeira mudança no número da safra americana, que passou de 386,97 para 386,690 milhões de toneladas para a safra 2023/24. Ainda assim, as exportações dos EUA permaneceram sendo estimadas em 53,34 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais do país caíram de 54,91 para 54,12 milhões de toneladas.
Outro destaque foi a produção chinesa, que trouxe uma revisão considerável, passando de 277 para 288,84 milhões de toneladas. Suas importações ficaram inalteradas em 23 milhões.
MILHO MUNDO – Com estas mudanças, a estimativa para a produção global de milho passou de 1.222,070 bilhão para 1.235,730 bilhão de toneladas. Assim, os estoques finais cresceram oara 325,220 milhões de toneladas, contra 315,220 milhões estimadas em dezembro.
“Corte pequeno na safra total brasileira, somada a aumento na safra dos EUA e forte aumento na safra da China. Estoques globais de milho subiram forte no relatório de hoje”, avalia a Pátria Agronegócios. Perto de 14h45 (horário de Brasília), os futuros do cereal negociados na Bolsa de Chicago perdiam entre 11 e 14 pontos, com o março valendo US$ 4,42 e o julho, US$ 4,64 por bushel.
Na B3, o mercado acompanhava as perdas e entre as posições mais negociadas as baixas chegavam a superar os 4% – como no março/24, com 4,96% de queda e R$ 67,67 por saca. Além das perdas em Chicago, a baixa do dólar frente ao real contribuía.