A segunda-feira (21) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 70,05 e R$ 73,98.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 70,05 com elevação de 1,16%, o janeiro/25 valeu R$ 72,85 com valorização de 1,43%, o março/25 foi negociado por R$ 73,98 com ganho de 0,64% e o maio/25 teve valor de R$ 72,48 com alta de 0,29%.
De acordo com a análise da Agrinvest, os futuros do milho na B3 registraram valorização nesta segunda-feira, seguindo as elevações do milho em Chicago e a alta do câmbio.
“O programa brasileiro de exportação continua fraco, mas a demanda interna segue aquecida, além das preocupações com o atraso no plantio da soja, que pode atrasar a implantação do milho safrinha. Um atraso na janela de semeadura do milho pode aumentar os riscos de redução de área e, consequentemente, queda na produção para a próxima temporada”, relatam os analistas da consultoria.
Nesta segunda-feira (21), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até este momento em outubro alcançou 3.913.747,9 toneladas. O volume representa 46,32% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 8.448.437,7 toneladas.
A média diária de embarques nestes 14 primeiros dias do mês ficou em 279.553,4 toneladas, representando queda de 30,5% com relação a média diária embarcadas de outubro do ano anterior, em ficou em 402.306,6 toneladas.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve movimentações positivas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Não-Me-Toque/RS, Nonoai/RS, Castro/PR, Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho continuam subindo, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximando dos R$ 70/saca de 60 kg, patamar verificado pela última vez no dia 9 de janeiro deste ano.
Pesquisadores do Cepea atribuem o movimento de alta à “retração de vendedores e à necessidade de parte dos compradores recompor os estoques. Ressaltam também que os aumentos de preços ocorrem mesmo diante do avanço da semeadura da safra verão e de previsões indicando chuvas na maior parte das regiões produtoras. Relatório divulgado nesta semana pela Conab apontou a produção agregada de milho para 2024/25 em 119,74 milhões de toneladas, o que representaria um crescimento de 3,5% em relação ao volume de 2023/24”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também finalizaram o pregão de segunda-feira contabilizando movimentações positivas.
O vencimento dezembro/24 era cotado à US$ 4,09 com valorização de 4,75 pontos, o março/25 valia US$ 4,23 com alta de 4,25 pontos, o maio/25 era negociado por US$ 4,30 com elevação de 4,00 pontos e o julho/25 tinha valor de US$ 4,34 com ganho de 3,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18), de 1,17% para o dezembro/24, de 1,01% para o março/25, de 0,94% para o maio/25 e de 0,81% para o julho/25.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho obtiveram uma sólida rodada de ganhos após várias grandes vendas relâmpago anunciadas ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) esta manhã, juntamente com uma rodada saudável de dados de inspeção de exportação.
Exportadores privados anunciaram ao USDA três grandes vendas de milho nesta segunda-feira, sendo 169.926 toneladas para o México, 130.000 toneladas para a Coréia do Sul e 198.192 toneladas para destinos desconhecidos. As três negociações são para entrega durante o ciclo 2024/25, que começou em 1º de setembro.
Já o novo relatório de embarques semanais do USDA, apontou elevação nos volumes de milho na semana que se encerrou em 17 de outubro, com relação à semana anterior encerrada em 10 de outubro, e volume acumulado até aqui no ano superior ao mesmo período de 2023.