O poder de compra de suinocultores paulistas diminuiu frente ao milho, mas avançou em relação ao farelo de soja, de novembro para dezembro.
Isso porque os preços do cereal subiram em maior intensidade que os do animal vivo, enquanto o derivado da oleaginosa se desvalorizou no período.
Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno foi negociado à média de R$ 6,99/kg em dezembro, aumento de 5,3% frente ao mês anterior.
A valorização do animal, ocorrida desde a segunda quinzena de novembro, esteve atrelada ao aquecimento da demanda pela carne suína, sobretudo para atender ao consumo de fim de ano, o que levou agentes de frigoríficos a intensificarem as aquisições de novos lotes para abate.
No mercado de milho, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) teve média de R$ 66,77/saca de 60 kg em dezembro, expressiva alta de 10,1% em relação à de novembro.
Segundo a Equipe Grãos/Cepea, o impulso veio da diminuição na oferta do cereal no spot nacional.
Esse cenário, por sua vez, foi reflexo de preocupações com os impactos do clima adverso sobre a produção da safra 2023/24, além do bom ritmo das exportações brasileiras e do período de fim de ano, quando parte das empresas e transportadoras entra em recesso.
Já o farelo de soja negociado em Campinas (SP) se desvalorizou 4,3% no comparativo mensal, sendo cotado à média de R$ 2.369,41/tonelada em dezembro.
Ainda de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, a pressão esteve atrelada às desvalorizações externa e cambial, que afastaram demandantes do spot nacional.
Além disso, a melhora do clima em grande parte das regiões produtoras de soja no País naquele período reforçou as baixas de preços.
Diante desse cenário, o suinocultor paulista pôde comprar 6,28 quilos de milho com a venda de um quilo do vivo em dezembro, 4,3% a menos que em novembro.
De farelo de soja, foi possível adquirir 2,95 quilos com a venda de um quilo do animal, quantidade 10,2% superior à registrada no mês anterior.