A segunda-feira (22) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando avanços acima dos 2% na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,43 e R$ 70,84.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 60,43 com elevação de 2,18%, o novembro/24 valeu R$ 64,50 com valorização de 2,61%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 68,08 com ganho de 2,30% e o março/25 teve valor de R$ 70,84 com alta de 2,30%.
A análise da Agrinvest destaca que, após registrar a mínima para o contrato na semana passada, o milho setembro/24 operou acima dos R$ 60,00 a saca no pregão desta segunda-feira.
“Além da alta do cereal em Chicago, os prêmios do milho nos portos estão subindo, já que a demanda está aquecendo. Aqui na América do Sul, a Argentina continua exportando pouco devido ao baixo fermer selling do milho. No Brasil, com o dólar acima dos R$ 5,50 e prêmios se firmando, o farmer selling e nomeações do milho devem acelerar nos próximos dias”, diz a consultoria.
Nesta segunda-feira (22), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) alcançou 1.582.486,9 toneladas. O volume representa apenas 37,4% do total exportado no mês de julho do ano passado, que ficou em 4.230.622,7 toneladas.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou pequenas elevações e recuos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Maracaju/MS e Sorriso/MT, enquanto as valorizações apareceram nas praças de Londrina/PR e Pato Branco/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, enquanto a colheita de milho da segunda safra segue adiantada em relação à temporada anterior, a comercialização do cereal no mercado spot está lenta.
“Consumidores, de modo geral, priorizam o recebimento de milho negociado antecipadamente e/ou adquirem apenas lotes pontuais para o curto prazo, as compras estão reduzidas desde o início de julho. A colheita em Mato Grosso e no Paraná, dois principais estados produtores de segunda safra, já ultrapassa a metade das respectivas áreas”, dizem pesquisadores do Cepea.
A publicação ainda ressalta que, “com a produção elevada, o baixo ritmo de negócios e também a demanda internacional enfraquecida, além do déficit nacional de armazenagem, produtores vêm demonstrando maior necessidade de venda, reforçada conforme a colheita avança. Nesse cenário, os preços seguem em queda, ainda segundo levantamento do Cepea”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a segunda-feira também foi dia de movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro, que subiram dois dígitos neste primeiro pregão da semana.
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 4,00 com alta de 9,75 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,15 com elevação de 10,25 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,29 com ganho de 10,75 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,39 com valorização de 11,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19), de 2,50% para o setembro/24, de 2,53% para o dezembro/24, de 2,57% para o março/25 e de 2,63% para o maio/25.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram de forma constante durante a sessão de segunda-feira após uma rodada de compras técnicas e cobertura de posições vendidas.
“Uma venda relâmpago para o México anunciada esta manhã deu suporte adicional”, acrescenta Ben Potter, analista da Farm Futures.
De acordo com a análise da Agrinvest, a forte valorização dos futuros da soja e farelo também acabaram dando suporte de alta para os cereais em Chicago nesta segunda-feira.
“O milho opera com ganhos acima de 2% com o mercado observando o calor e seca no Leste Europeu e temendo por uma piora nas condições das lavouras no relatório de hoje do USDA. A faixa Leste do Cinturão do milho passou por um longo período de seca, mas agora que as chuvas retornaram, as precipitações intensas e baixas temperaturas não estão favorecendo as condições do milho”, pontuam os analistas da Agrinvest.