Os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da postura retraída de muitos compradores, do avanço da colheita da safra verão e do bom desenvolvimento da segunda safra em boa parte das regiões.
Em algumas praças acompanhadas pelo Cepea, os valores atuais do cereal já são os menores desde outubro de 2023.
Consumidores relatam ter estoques e realizam novas aquisições no spot apenas quando têm necessidade.
Do lado vendedor, pesquisadores do Cepea apontam que, enquanto boa parte se mostra mais flexível nas negociações, devido à necessidade de fazer caixa, outros estão afastados do mercado, à espera de recuperações nos próximos meses, fundamentados nas recentes valorizações do dólar – contexto que pode elevar a paridade de exportação – e na possibilidade de uma segunda safra não tão volumosa.
De fato, a Conab indica área 8% menor e produção de 85,61 milhões de toneladas, 16% inferior à da temporada 2023/24.