A terça-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 67,25 e R$ 70,86, após recuarem até 0,88%.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 67,25 com queda de 0,31%, o janeiro/25 valeu R$ 69,78 com baixa de 0,81%, o março/25 foi negociado por R$ 70,86 com desvalorização de 0,88% e o maio/25 teve valor de R$ 69,92 com perda de 0,23%.
De acordo com a análise da Agrivnest, a lentidão no programa de exportação de milho brasileiro já está afetando os preços futuros do cereal na B3.
“Desde a semana passada, quando o contrato de novembro/24 atingiu o maior nível em sete meses, o milho registrou várias sessões de baixas na B3. A pressão vem do corte nas expectativas de exportação de milho 23/24, devido à baixa dos níveis dos rios Madeira e Tapajós, o que reduz a capacidade de escoamento e encarece a logística”, diz a consultoria.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas altas e baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Dourados/MS e São Gabriel do Oeste/MS e as desvalorizações apareceram nas praças de Sorriso/MT, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Os analistas da Agrinvest ainda acrescentam que, “os compradores domésticos também estão retraídos, diminuindo o interesse pelo milho no mercado spot, na tentativa de frear uma nova alta dos preços. Assim, o mercado está mais lento nesta semana, com menor volume de negócios reportados”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro operaram ao longo de todo o dia próximos da estabilidade e finalizaram o pregão contabilizando pequenos avanços.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,12 com valorização de 1,75 pontos, o março/25 valeu US$ 4,30 com ganho de 1,50 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,41 com alta de 1,00 ponto e o julho/25 teve valor de US$ 4,48 com elevação de 1,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (16), de 0,43% para o dezembro/24, de 0,35% para o março/25, de 0,23% para o maio/25 e de 0,34% para o julho/25.
Segundo informações da Agrinvest, a alta do óleo de soja nesta terça-feira também sustentou leves valorizações para o milho em Chicago.
“Ontem a NOPA informou que o esmagamento de soja em agosto foi menor do que o esperado, resultando em um crescimento menor dos estoques de óleo. Com o aumento do preço do óleo no final da sessão de ontem e hoje, o milho acompanha a alta. Contudo, a contínua desvalorização do trigo limita os ganhos do cereal”, explicam os analistas.
